O ataque contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro ocorreu em 6 de setembro de 2018, durante um comício em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Na ocasião, o agressor Adélio Bispo esfaqueou Bolsonaro em meio a uma multidão. Preso em flagrante logo após o crime, Adélio admitiu a autoria do atentado e declarou que teria agido “a mando de Deus”.
Adélio foi considerado inimputável pela Justiça
Durante o processo judicial, exames médicos indicaram que Adélio Bispo sofre de transtornos mentais severos, o que levou à decisão da Justiça de considerá-lo inimputável.
Com base nessa conclusão, ele foi absolvido em 2019. No entanto, o juiz determinou sua internação em um hospital de custódia psiquiátrica, por tempo indeterminado, como medida de segurança.
A decisão gerou controvérsia, e o Ministério Público entrou com recurso, aguardando até hoje uma deliberação final sobre o caso.
Internação em regime fechado permanece
Apesar da absolvição penal, Adélio continua preso em regime fechado, em uma unidade de segurança máxima, mantido em isolamento.
Havia uma previsão para sua transferência, em 2024, para um hospital psiquiátrico em Minas Gerais, mas a transferência não foi realizada devido à falta de vagas na instituição destinada ao acolhimento de pessoas com transtornos mentais.
Bolsonaro contesta versão de ação isolada
Mesmo após anos do ocorrido, o ex-presidente Jair Bolsonaro sustenta que Adélio Bispo não teria agido sozinho. Em várias entrevistas e declarações públicas, Bolsonaro afirmou desconfiar da possibilidade de haver outros envolvidos.
No entanto, as investigações da Polícia Federal não encontraram qualquer prova concreta que comprove a participação de terceiros no atentado.
Desde o ataque, Bolsonaro passou por diversas cirurgias e tratamentos médicos em decorrência das lesões internas provocadas pela facada. Seu quadro de saúde ainda requer cuidados, e ele frequentemente menciona os impactos físicos e emocionais do atentado.