A pequena Blaze nasceu em um tamanho dentro da média, mas conforme os meses se passavam, a família começou a perceber que ela tinha um tamanho fora do normal.
O crescimento infantil é um dos tópicos mais abordados quando o assunto é criação, principalmente porque muitos pais, mães e responsáveis ainda carregam muitas ideias ultrapassadas sobre o que é certo e errado na alimentação da criança. A insegurança e o medo de fazer algo errado acaba tomando conta de muitos que querem acertar com os filhos.
Sempre que vemos um bebê, automaticamente deduzimos qual deve ser seu suposto estilo de vida a partir de sua altura e peso. Se a criança é mais esguia, muitos assumem que ela deve se alimentar mal, enquanto que quando são mais gordas, presumem que ela deve ingerir quantidades enormes de açúcar e gordura. Mas nem sempre é assim, principalmente quando falamos de bebês abaixo de dois anos.
As mães Leanne e Sam se surpreenderam quando a filha Blaze Soliai triplicou de tamanho durante seus primeiros seis meses de vida. Antes mesmo que a família desse início à introdução alimentar, a pequena saltou dos três quilos para 11 quilos em pouco tempo. Na internet, muitas pessoas questionam se os hábitos da família são saudáveis, mas as mães garantem que a pequena bebia apenas leite materno, sem ingerir nenhum tipo de alimento ou líquido até iniciar a introdução alimentar.
O leite materno é capaz de fazer com que a criança ganhe peso rapidamente, isso porque de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é o alimento mais rico em nutrientes, vitaminas, minerais e aminoácidos que conhecemos. Durante os seis primeiros meses de vida da criança, os principais órgãos de saúde indicam que a amamentação seja exclusiva, ou seja, que o bebê receba apenas o leite materno e mais nenhum outro alimento ou líquido, nem mesmo água.
A partir do sexto mês de vida, junto com um acompanhamento do pediatra da criança, a introdução alimentar pode começar a ser feita, mas a amamentação segue sendo o principal alimento do bebê. Isso porque nesse primeiro contato que ela tem com a comida, passa a conhecer sabores, texturas e aromas, o que significa que nem sempre vai efetivamente se alimentar, já que possui leite para isso.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que a mãe siga amamentando a criança até, no mínimo, dois anos de vida. Mesmo assim, o que mais conseguimos ver é a prática constante da chamada cultura do desmame, com as mulheres sendo provocadas a não seguir com a amamentação.
Nas redes sociais, Leanne conta que Blaze recebe com frequência comentários positivos sobre sua aparência. Como é muito sorridente, a pequena criança recebeu o apelido chamado Smiley (sorriso, em tradução livre), mas alguns internautas também acabam questionando a rotina de vida e alimentar da criança, acreditando que ela se alimenta em excesso ou com comidas de baixa qualidade em nutrientes.
Para os pediatras favoráveis à amamentação, o aleitamento materno é incapaz de causar obesidade infantil nas crianças, principalmente quando é feita de maneira exclusiva. Ainda que existam alguns profissionais que afirmem que o leite pode causar cáries, obesidade ou até mesmo prejudicar a relação do bebê com o sono ou com as demais interações sociais, os últimos estudos mostram que não é bem assim que funciona.
Alimentar os bebês abaixo de dois anos com o leite da mãe não causam nenhum tipo de prejuízo, pelo contrário, as crianças passam a ter um fortalecimento do sistema imunológico, aprendem a regular as emoções, desenvolvem os músculos faciais da maneira correta e até mesmo esse ganho de peso e tamanho. Por mais que Blaze esteja completamente fora da tabela de crescimento infantil, os pediatras garantem que isso não influencia negativamente.
Assim que começam a andar e se movimentar mais, as crianças acabam tendo um “estirão”, perdendo a maioria das “dobras” que ganharam com o aleitamento. Não existem limites de amamentação quando a mãe fornece o próprio leite para a criança, isso porque ela receberá justamente aquilo que precisa para o crescimento.