Carioca perde 21 kg com dieta psicológica; veja como funciona

A psicóloga Laura Cavalcanti acredita que a transformação do corpo deve acontecer de dentro para fora. “Normalmente os tratamentos acontecem voltados para a medicina, nutrição e exercícios físicos. Sempre existe muita ansiedade nesses casos, mas que raramente as pessoas associam aos tratamentos de emagrecimento”, disse. Para ajudar nesse processo, ela desenvolveu o Programa EmagreSer Integral, tratamento que ajuda as pessoas a lidarem com as emoções e sensações que não foram decodificadas. “Quando as pessoas não estão com o psicológico bem, o dispositivo de fuga acaba sendo o exagero alimentar, que funciona como uma descarga. Nesse momento ela busca a comida como ponto de apoio e a comida passa a não ter mais uma função alimentar”, explicou.
Segundo a psicóloga, quando os pacientes começam a entender esses sentimentos, já se sentem mais leves antes mesmo de perder um quilo. “É a prova de que muitos problemas são psicológicos. A consciência fica mais leve.”
O primeiro foco do tratamento é cuidar dessas emoções, identificar e “levá-las para o seu devido lugar”. Temos que dar nome aos sentimentos: raiva, saudade, amor, ódio… A gente apropria as emoções para que elas não influenciem na hora da comida”, detalhou acrescentando que a psicologia tem importante papel para construir essa responsabilidade nas pessoas. “Nós resgatamos o direito de comer com prazer e fazemos com que as pessoas entendam a necessidade da boa alimentação”, disse.
Para conseguir passar dos 86 kg para os 65 kg, Mariana Santos resolveu procurar ajuda psicológica. Ela perdeu 21 quilos desde setembro do ano passado. “Eu já tinha tentado fazer várias dietas, fui no Vigilantes do Peso, mas nada adiantava e eu continuava engordando”, contou. Ela admitiu que nunca tinha pensado que o lado psicológico poderia impedir esse emagrecimento. “Ninguém acha que uma coisa tem ligação com a outra, né? Mas tem tudo a ver. Você cuida da mente para depois emagrecer o corpo”, destacou.
Em cinco meses de tratamento psicológico, Mariana começou a correr. “Eu comecei a ver o exercício com outros olhos e passei a não fazer por obrigação. No tratamento aprendemos que o exercício físico, por exemplo, é importante para a nossa saúde e não só para mantermos nosso corpo nos padrões de beleza que a sociedade pede”, explicou.
Mariana falou que sempre foi muito dependente emocionalmente da opinião dos outros. “Se as pessoas me falavam que eu era gorda, eu ficava sempre muito triste e ansiosa. Aí percebi que a opinião delas não podia ter uma função tão grande na minha vida. Depois disso, todos os meus sentimentos estavam bem mais resolvidos e tudo foi mais fácil”, disse.
- Depois de perder 45 kg, Adele recusa cerca de R$ 310 milhões de empresas e produtos emagrecedores
- 6 alimentos que ajudam a combater a pressão alta. Eles não podem faltar na sua dieta!
Mesmo com esse acompanhamento, Mariana também fez uma dieta: “não tem milagre. Mas a gente passa a entender que é bom comer bem e ter uma vida com muito equilíbrio. Uma coisa puxa a outra”, disse.
“É esquisito pensar que a mente manda em tudo. Você precisa cuidar dos problemas emocionais para ter estimulo para fazer as coisas que ajudam o lado de fora do seu corpo, no caso, emagrecer”, finalizou.
O tratamento também é adequado para aqueles que sofrem de anorexia e bulimia, claro, acompanhado da medicina patológica.
Texto escrito com exclusividade para o site O Segredo. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos.
Deixe seu comentário
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.