Um casal de brasileiros está fazendo fortuna com a coxinha nos Estados Unidos. Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira começaram a empreender no país norte-americano há quase uma década e com um investimento inicial de R$ 1 mil, em 2013, o casal alcançou os R$ 10 milhões de faturamento em 2022.
“No ano passado, nós fechamos o faturamento em US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 10 milhões). Hoje, nossa média é de 300 mil unidades vendidas por mês”, revelou o pernambucano Ricardo Rosa, de 34 anos.
No início da jornada empreendedora, o casal, segundo o G1, priorizou comprar o básico para começar a vender o salgadinho brasileiro no país do Tio Sam. Em entrevista, eles revelaram que compraram um freezer e uma fritadeira e o restante do dinheiro que dispunham à época foi para a compra dos ingredientes.
Conforme foram ficando conhecidos, eles começaram a crescer e atualmente eles são convidados para participarem de feiras no país inteiro. De acordo com Ricardo, a melhor época de vendas é o verão norte-americano, onde há várias feiras de rua e as pessoas saem mais para conhecer pontos turísticos e comidas típicas dos vários países.
Porém, o casal não saiu do Brasil pensando em abrir um negócio de sucesso no exterior. A ideia inicial de Ricardo e Vanessa era fazer um intercâmbio em Nova York para poder conquistar melhores vagas de trabalho por aqui.
De origem humilde, o casal começou a se preparar para a viagem e a história da coxinha surgiu como encomenda de uma amiga que o casal conheceu nos Estados Unidos. Ela teria pedido o salgado para comemorar um aniversário. Como não conseguiram encontrar a coxinha na região, os dois decidiram colocar a mão na massa – literalmente – e fazer o quitute. Apesar da aparência ter deixado a desejar, conforme relata Ricardo, o gosto ficou excelente.
“Na festa tinha brasileiros e americanos. No final, todos começaram a elogiar a coxinha”, comentou o pernambucano. Teria sido a amiga do casal quem deu a ideia dos dois embarcarem nessa aventura e após relutarem bastante contra a ideia, eles decidiram abraçar e começaram a fazer os salgados.
Tão logo os planos saíram do papel, as vendas começaram a surgir e foram ficando cada vez maiores. Até que o casal arriscou e resolveu anunciar em um blog conhecido de Manhattan a novidade.
“No primeiro mês, tivemos três encomendas. No segundo mês, quatro. Vanessa já estava gostando do resultado porque a nossa meta era pagar contas básicas”, disse Ricardo Rosa, co-fundador do Petisco Brazuca.
Após a divulgação no blog, que era bastante conhecido à época, as encomendas não pararam de chegar. Segundo o fundador, eles passaram de poucas encomendas em um mês a um salto de quarenta pedidos e chegaram a fazer 5 mil salgados.
Mas aí, eles começaram a ter um problema, que Ricardo aponta como positivo: a entrega dos quitutes. Com o crescimento rápido, o casal saiu da casa onde preparavam os salgados e alugaram uma cozinha comercial. Após quatro anos, eles conseguiram inaugurar a primeira loja física na terra do Tio Sam em 2018.
Ricardo revelou que o casal conseguiu ampliar as vendas e atualmente eles contam com três lojas físicas e outras cinco temporárias, que são montadas em eventos e feiras livres, o que terminam atraindo uma grande quantidade de visitantes e, inclusive, brasileiros saudosos do gosto da culinária brasileira.
O cardápio cresceu, mas o que continua vendendo é a coxinha. “Temos outros sabores, como queijo, calabresa, espinafre, marguerita. O nosso foco é a coxinha e o pastel, mas temos também açaí, pão de queijo e sucos naturais”.
O casal ainda pretende ampliar a fábrica e importar novos equipamentos para ajudar na produção dos salgados brasileiros que caíram no gosto dos gringos.
Segundo a Forbes Brasil, a empresa atualmente produz aproximadamente 300 mil salgados por mês.