Isabele, de 14 anos, foi morta pela amiga, com tiro, em 2020. A jovem se entregou na terça-feira (19).
Na noite do dia 12 de julho de 2020, Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, foi visitar a melhor amiga em um condomínio de luxo em Cuiabá e acabou morta com um tiro no rosto.
Após meses de investigação, neste mês, a jovem foi condenada pelo assassinato de Isabele, que aconteceu com uma arma que o seu namorado, de 16 anos, havia levado ao apartamento, no mesmo dia. A adolescente praticava tiro esportivo e alegou que o disparo foi involuntário.
O namorado da jovem e seu pai, dono da arma que ele levou ao apartamento, também foram denunciados pelo MPE e se tornaram réus. O pai responde por omissão de cautela na guarda de arma de fogo e o adolescente, por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.
A justiça determinou a internação por tempo indeterminado da jovem em regime socioeducativo, por ato infracional análogo a crime de homicídio doloso, com intenção ou por assumir o risco de matar.
Segundo apurado pelo G1, o tempo de internação pode chegar a três anos. Na terça-feira (19), a jovem foi internada no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Cuiabá.
O advogado de defesa chegou a fazer um pedido de liminar para soltura da adolescente, mas foi negado.
Segundo a justiça, o relato da jovem não condiz com o revelado pelas perícias. A juíza Cristiane Padim considerou dez laudos técnicos antes de tomar sua decisão, e interpretou que o ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso foi qualificado e que a ação da adolescente denota um ato de “frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”. Além disso, foi considerado que houve alterações na cena do crime e que o pai da adolescente condenada se contradisse.
Patricia Guimarães, mãe de Isabele, que desde o crime tem se dedicado ao caso e trabalhou como assistente de acusação do MP, foi ouvida pelo Fantástico no último domingo (24).
Ela contou que, quando ficou sabendo sobre a sentença, deu um suspiro profundo, de angústia, sofrimento e pranto. Ela acrescentou que não tem motivos para comemorar, já que a filha não está presente, mas que se sente aliviada.
A defesa da adolescente condenada se mostrou contra, mas acrescentou que, apesar do “resultado negativo por hora”, está confiante em que nos tribunais superiores a decisão será revertida e serão capazes de demonstrar que a jovem não teve intenção alguma de tirar a vida da melhor amiga.
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