Se você já se viu desesperado em busca de uma tomada no meio do dia porque o celular estava prestes a desligar, saiba que essa é uma situação comum.
A duração limitada da bateria é uma das principais queixas dos usuários de smartphones, seja qual for a marca ou o modelo.
O que muitos não percebem é que o problema nem sempre está no desgaste natural do aparelho: muitos aplicativos continuam funcionando em segundo plano mesmo quando não estão sendo utilizados — e é aí que mora o perigo.
O que faz um app consumir tanta bateria?
Alguns aplicativos são projetados para manter atividades contínuas como sincronização de dados, atualizações automáticas e rastreamento de localização.
Para isso, eles utilizam recursos pesados, como o processador, a conexão com a internet e sensores como o GPS, o microfone e até a câmera. Quanto mais funções um app executa, maior é seu impacto na carga do celular.
Um levantamento da empresa suíça pCloud mostrou que certos tipos de apps são especialmente exigentes em termos de energia.
Entre os maiores consumidores estão redes sociais, serviços de transporte, apps de encontros e plataformas de streaming. A seguir, entenda por que esses aplicativos drenam tanta bateria.
1. Redes sociais: conexão constante que custa caro
Aplicativos como Facebook e Instagram são famosos por consumir rapidamente a carga do celular. Isso ocorre porque eles exibem conteúdos visuais pesados, atualizam os feeds automaticamente, enviam notificações em tempo real e ainda rodam vídeos em autoplay.
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No caso do Facebook, funcionalidades como jogos e transmissões ao vivo seguem ativas em segundo plano, mesmo sem interação do usuário.
2. Apps de transporte: GPS em uso contínuo
Serviços como Uber e 99 são essenciais para o dia a dia de quem precisa se locomover, mas demandam o uso constante do GPS para calcular rotas e acompanhar a posição em tempo real.
Esse recurso, quando mantido ativo por longos períodos, é um dos principais responsáveis pela queda rápida da bateria — e pode continuar funcionando mesmo após o fim da corrida, se não for fechado corretamente.
3. Apps de encontros: localização e notificações em excesso
Plataformas como Tinder e Bumble funcionam com base na localização do usuário para sugerir pessoas próximas. Mesmo quando o aplicativo não está aberto, ele pode continuar rastreando sua posição para manter o sistema atualizado.
Isso, aliado às notificações constantes sobre matches e mensagens, contribui para um alto consumo de energia.
4. Streaming de vídeo e música: entretenimento que pesa na bateria
Serviços como YouTube, Netflix e Spotify são ótimos para momentos de lazer, mas exigem bastante do dispositivo.
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Vídeos em alta resolução — especialmente em 4K — utilizam intensamente o processador, a tela e a conexão com a internet. O mesmo vale para músicas em alta qualidade. O resultado é uma descarga rápida da bateria, especialmente em longas sessões de uso.
5. Jogos pesados: gráficos, GPS e realidade aumentada
Games com recursos avançados, como Pokémon GO, misturam gráficos exigentes, uso de GPS e realidade aumentada.
Esses elementos, combinados com anúncios em vídeo e atualizações em tempo real, tornam esses jogos grandes consumidores de energia. Mesmo sem jogá-los constantemente, mantê-los instalados pode impactar a bateria.
Como saber quais apps estão sugando sua bateria
A maioria dos smartphones possui ferramentas para monitoramento de consumo energético. No iPhone, por exemplo, basta acessar Ajustes > Bateria para visualizar um gráfico detalhado com os apps que mais consomem carga nas últimas 24 horas ou nos últimos 10 dias.
O sistema diferencia o uso com a tela ativa (quando o app está aberto) do uso em segundo plano (quando funciona sem o usuário perceber).
Esse recurso é essencial para identificar apps que operam silenciosamente, consumindo mais do que o esperado. Muitas vezes, um aplicativo que você raramente usa pode estar gastando mais energia do que outros com uso mais frequente.
Vale a pena desinstalar?
Se a bateria do seu celular não está durando como antes, talvez seja hora de rever quais apps são realmente necessários.
Veja alguns exemplos que podem ser removidos — ou pelo menos restringidos:
- Facebook: se for pouco utilizado, o acesso pelo navegador pode ser mais econômico que o app.
- Uber ou 99: se não são usados diariamente, vale desinstalar e reinstalar apenas quando necessário.
- Tinder: se não estiver usando ativamente, mantê-lo instalado pode ser desperdício de energia.
- Pokémon GO: ideal para momentos específicos, mas não precisa ocupar espaço constante no celular.
Dicas para reduzir o consumo sem excluir os apps
Nem sempre é necessário apagar os aplicativos favoritos. Algumas configurações simples ajudam a prolongar a vida da bateria:
- Limite o acesso à localização: em Ajustes > Privacidade > Localização, selecione “Enquanto usa o app” para apps como Uber.
- Desative atualizações em segundo plano: em Ajustes > Geral > Atualização em Segundo Plano, desative para apps não essenciais.
- Reduza a qualidade de streaming: em plataformas como YouTube e Spotify, escolha resoluções e qualidades de áudio mais baixas.
Com essas medidas, é possível manter os aplicativos preferidos sem sacrificar a bateria do celular. O segredo está em ajustar o uso e entender o que realmente consome energia no seu dia a dia.