Uma pesquisa recente realizada pelo aplicativo de encontros MePega revelou que 73% dos usuários já fantasiaram experiências durante o sexo, mantendo esses desejos apenas na imaginação. Esse dado demonstra como as fantasias sexuais fazem parte da vida de muitas pessoas, mas que, na maioria das vezes, elas permanecem no campo do pensamento e não são compartilhadas com os parceiros.
O estudo, que envolveu 5.768 participantes de todo o Brasil, com idades entre 35 e 55 anos, traz uma reflexão sobre os limites e os tabus que ainda existem em relação à expressão das fantasias sexuais no relacionamento.
Entre os participantes, a pesquisa revelou que 68% não têm coragem de compartilhar essas fantasias com seus parceiros, o que levanta questões sobre a comunicação e a confiança no contexto das relações. O estudo também oferece um panorama interessante sobre como os adultos lidam com suas preferências sexuais e como a sociedade ainda carrega julgamentos e preconceitos em relação a temas como fetiches e práticas não convencionais.
Fantasias mais desejadas
Quando o assunto é realização das fantasias, os desejos mais mencionados para o ano de 2025 destacam-se como uma forma de libertação para muitos indivíduos. A pesquisa aponta que as fantasias mais desejadas incluem o ménage à trois (sexo a três), com 45% dos votos.
Este tipo de experiência, que envolve três pessoas, é um dos fetiches mais populares entre os participantes do estudo, mostrando um interesse crescente por experiências sexuais que fogem da norma monogâmica. Em seguida, o sexo na praia aparece como uma fantasia desejada por 19% dos entrevistados.
A ideia de praticar sexo em um ambiente mais público e ao ar livre desperta a imaginação de muitos, adicionando uma camada de excitação à experiência sexual. Outros fetiches incluem o uso de vibradores durante o ato sexual, que foi mencionado por 15% dos participantes, seguido pela prática de swing (troca de casais), com 12%, e a fantasia de policial durante o sexo, citada por 9% dos entrevistados.
Fetiche | Porcentagem |
---|---|
Ménage à trois | 45% |
Sexo na praia | 19% |
Uso de vibradores | 15% |
Prática de swing | 12% |
Fantasia de policial | 9% |
O fato de essas práticas estarem entre as mais mencionadas revela como o desejo de explorar o desconhecido, o proibido e o imaginativo está crescendo entre os brasileiros. O interesse por elementos como poder, controle e novas sensações aparece de forma clara em várias das fantasias relatadas.
Quando questionados sobre com quem prefeririam realizar essas fantasias, o estudo mostrou que 66% dos participantes optaram por envolver desconhecidos, enquanto 29% prefeririam realizar suas fantasias com pessoas que já conhecem, e apenas 5% não tinham uma opinião formada.
Esse dado indica uma certa busca por experiências mais distantes do cotidiano e do conhecido, buscando na figura do desconhecido uma possibilidade de libertação e novas descobertas no campo sexual.
Fetiches e tabus
Apesar de tantos desejos e fantasias, a pesquisa também revelou que muitos participantes evitam falar sobre seus fetiches com seus parceiros, principalmente por medo da reação do outro. Um total de 56% dos entrevistados relataram essa dificuldade de comunicação, refletindo a persistência de tabus que cercam a liberdade sexual e a expressão de desejos no relacionamento.
A falta de diálogo sobre esses temas é um reflexo das barreiras emocionais e culturais ainda presentes em muitas relações. Outras razões apontadas para a dificuldade de compartilhar fantasias incluem vergonha do próprio corpo, mencionada por 26% dos participantes, e a preocupação com o julgamento do outro, que foi citado por 18%.
Ainda dentro do universo dos tabus, a pesquisa abordou a questão de fazer sexo no primeiro encontro. A pesquisa revelou que 43% dos homens disseram “sim” a essa prática, enquanto apenas 36% das mulheres responderam afirmativamente. Entre os que optaram pelo “não”, as mulheres representaram 45%%, enquanto 33%% dos homens rejeitaram a ideia.
A pesquisa também revelou que 22%% dos entrevistados preferiram não revelar seu gênero, refletindo talvez uma tendência crescente de questionamento das normas tradicionais de gênero em relação ao comportamento sexual.
O estudo traz à tona uma importante reflexão sobre como os fetiches e as fantasias sexuais são tratados na sociedade contemporânea, especialmente em um contexto de relacionamentos maduros e estáveis.
Embora ainda haja muitos tabus e preconceitos, é evidente que as pessoas estão cada vez mais dispostas a explorar seus desejos e buscar uma maior liberdade sexual.
Isso sugere que, no futuro, as conversas sobre fetiches e desejos sexuais possam se tornar mais abertas e inclusivas, quebrando barreiras e permitindo que os indivíduos se conectem de maneira mais autêntica com seus parceiros.