Por que a oposição e a ala mais radical da direita — com exceção do governador Romeu Zema — seguem em silêncio diante da ofensiva digital promovida pelo PT nas redes sociais ao longo da última semana?
A explicação é simples.
De acordo com análises conduzidas por estrategistas ligados ao núcleo digital do bolsonarismo, o conteúdo divulgado pelo Partido dos Trabalhadores não alcançou o impacto esperado fora da sua base tradicional.
Os vídeos que defendem o “novo IR” — uma proposta de reforma do Imposto de Renda com foco em aumentar a tributação sobre os mais ricos — e que criticam “quem está no topo, os super-ricos que sempre contribuem proporcionalmente muito menos” não conseguiram atingir públicos além da bolha progressista.
A campanha, centrada na expressão “taxação BBB: bilionários, bancos e bets”, tem sido amplamente compartilhada por perfis de esquerda, mas segundo relatórios internos da comunicação da direita, não gerou engajamento suficiente para provocar uma reação da oposição.
Dados extraoficiais, baseados em monitoramentos de plataformas como X (antigo Twitter), Instagram e TikTok, indicam que os vídeos circularam majoritariamente entre eleitores já alinhados ao governo.
Para especialistas em marketing político, campanhas com forte tom ideológico e linguagem de militância tendem a não sensibilizar o eleitorado moderado ou indeciso — justamente o público que mais influencia no debate político em períodos não eleitorais.
Não está funcionando. Se estivesse funcionando, responderíamos resumiu um marqueteiro da direita ouvido sob condição de anonimato