Na poupança, para alcançar uma renda mensal de R$ 1.000, seria necessário investir um montante significativo de R$ 175 mil, considerando uma rentabilidade total de 7,05% ao ano. No entanto, ao ajustar essa análise para levar em conta a inflação, o cenário muda drasticamente.
Dos R$ 1.000 gerados mensalmente, apenas R$ 288 representam ganho real, enquanto R$ 712 são destinados à correção do valor inicial investido para preservar o poder de compra.
Se o objetivo for um rendimento real de R$ 1.000 por mês, sem impacto da inflação, o montante necessário na poupança sobe para R$ 612 mil, considerando uma taxa de inflação prevista de 4,99% em 2025. Isso reflete uma rentabilidade real bastante modesta, de apenas 2% ao ano.
A poupança, embora seja uma opção de investimento amplamente conhecida, apresenta uma das menores rentabilidades no mercado, sendo mais adequada para quem busca simplicidade e liquidez imediata, mas com baixa expectativa de ganho real.
No Tesouro Direto, a situação é mais vantajosa, especialmente em tempos de Selic elevada, como a projeção de 15% ao ano para 2025. Após o desconto do Imposto de Renda, a rentabilidade líquida esperada é de cerca de 11,3% ao ano. Isso significa que um investimento inicial de R$ 111 mil seria suficiente para gerar R$ 1.000 por mês em termos nominais.
Se considerarmos a inflação no cálculo, o rendimento real do Tesouro Direto (por meio do Tesouro Selic) é estimado em 6% ao ano. Nesse caso, para garantir os mesmos R$ 1.000 mensais ajustados à inflação, seria necessário investir R$ 204 mil.
Além de ser uma aplicação extremamente segura, o Tesouro Selic oferece flexibilidade, permitindo resgates sem grandes variações de preço, o que o torna ideal para quem busca liquidez e segurança em tempos de incerteza econômica.
Em CDB, LCA e LCI, os retornos podem variar conforme as condições oferecidas pelas instituições financeiras. Um CDB com rentabilidade de 110% do CDI apresenta uma taxa nominal de 12,4% ao ano, enquanto o rendimento real, ajustado pela inflação, é de 7%. Para gerar uma renda média de R$ 1.000 por mês, seria necessário investir R$ 102 mil. Para alcançar R$ 1.000 reais mensais em termos reais, ajustados à inflação, o montante sobe para R$ 176 mil.
Nas LCAs e LCIs, que são isentas de Imposto de Renda, o retorno é um pouco menor. Um título com rendimento de 95% do CDI exigiria um investimento inicial de R$ 94 mil para gerar R$ 1.000 mensais em termos nominais.
Já para atingir esse valor mensal em termos reais, acompanhando a inflação, seria necessário aplicar R$ 152 mil. Essas opções são atrativas para quem deseja diversificar investimentos e aproveitar os benefícios fiscais das LCAs e LCIs, além de serem indicadas para quem busca rendimentos competitivos com segurança moderada.
Riscos dos investimentos
Todas as opções de investimento mencionadas – poupança, Tesouro Direto, CDBs, LCAs e LCIs – são consideradas de baixo risco.
No entanto, existem diferenças importantes a serem destacadas:
- O Tesouro Direto é amplamente reconhecido como o investimento mais seguro do país, pois é garantido pelo governo federal.
- Já os CDBs, LCAs e LCIs, emitidos por bancos e instituições financeiras, apresentam um risco ligeiramente maior, uma vez que dependem da saúde financeira da instituição emissora.
Em caso de problemas financeiros da instituição emissora, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) oferece uma rede de segurança, garantindo ao investidor o valor aplicado mais os juros acumulados, até o limite de R$ 250 mil por CPF e por instituição.
Para quem opta por esses produtos, é fundamental evitar concentrar aplicações acima desse limite em uma única instituição, diversificando o portfólio para mitigar riscos.
Além disso, é sempre recomendável avaliar a solidez da instituição financeira antes de investir. Bancos maiores e mais conhecidos podem oferecer retornos ligeiramente menores, mas com maior confiabilidade. Por outro lado, instituições menores geralmente oferecem taxas mais atrativas, mas com maior risco relativo.
Planejar investimentos para obter uma renda passiva de R$ 1.000 por mês em 2025 requer uma análise cuidadosa das opções disponíveis, levando em conta fatores como rentabilidade, inflação e segurança. Para quem prioriza liquidez e estabilidade, o Tesouro Direto é uma escolha sólida. Já os CDBs, LCAs e LCIs oferecem retornos potencialmente maiores, mas exigem atenção aos limites de garantia do FGC.
Independentemente da escolha, o mais importante é ter clareza sobre seus objetivos financeiros e escolher produtos alinhados ao seu perfil de risco e horizonte de investimento.