Um estudo publicado no BMJ Open descobriu que a atitude de um novo pai – em direção ao conceito de paternidade, seu papel de pai e seu ajuste a esse novo aspecto de sua identidade – pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento comportamental do filho.
Surpreendentemente, esta atitude positiva demonstrou ser ainda mais importante do que o envolvimento do pai nas tarefas diárias, como a troca de fraldas.
De acordo com outro estudo, as crianças responderam positivamente à vontade de um pai de se envolver com elas em brincadeiras, tempo com a família e nas tarefas domésticas.
No entanto, nenhum desses fatores causou o mesmo impacto do que a atitude confiante de um homem em direção a paternidade e a visão positiva de si mesmo neste papel.
Este estudo foi realizado com cerca de 6.500 crianças que moravam com ambos os pais até pelo menos oito anos de idade. Nas marcas de oito semanas e oito meses, os pais foram convidados a compartilhar suas atitudes em relação à paternidade e a si mesmos como pais, bem como a sua contribuição para as tarefas domésticas e o nível de alegria que encontravam na paternidade.
Muito mais tarde, quando as crianças atingiram os nove e os onze anos, suas mães foram convidadas a avaliar suas habilidades sociais, nível de confiança e tendência para o tédio ou inquietação.
Os pesquisadores conseguiram determinar de forma conclusiva que os pais que relataram altos níveis de confiança e positividade durante a infância de seus filhos, criaram crianças com menos problemas comportamentais mais tarde na infância.
Outros especialistas no campo da psicologia infantil foram rápidos em apoiar essas descobertas e exigem uma mudança societária na forma como vemos o papel de um pai.
“Tradicionalmente, a pesquisa sobre o desenvolvimento da criança é focado nas mães, seu trabalho de maternidade e saúde mental, enquanto o papel dos pais é, frequentemente, ignorado”, observou o Iryna Culpin, da Universidade de Bristol. “Isso, potencialmente, tem implicações significativas para a política, bem como intervenções parentais e de saúde, que devem incentivar o envolvimento dos pais desde o início da infância e ajudar os pais a se tornarem confiantes e empolgados emocionalmente”.
Verdadeiramente, nossa sociedade oferece às mães muitas oportunidades (extremamente necessárias) de compartilhamento, suporte e conexão uma com a outra.
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Muitas vezes, abraçamos o papel como transformadores e nos consideramos pessoas totalmente novas. É hora de encorajar os pais a fazerem o mesmo!
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Referências do texto: bmjopen.bmj – theguardian
Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: I Heart Intelligence