Uma produção nacional tem causado grande repercussão na Netflix, não apenas pelo enredo envolvente, mas também pelas cenas ousadas que despertam intensas reações do público.
“O Lado Bom de Ser Traída”, conhecido internacionalmente como “Burning Betrayal”, rapidamente se destacou entre os títulos mais assistidos da plataforma, gerando debates nas redes sociais e elevando o interesse por filmes brasileiros do gênero.
Inspirado na obra da autora Sue Hecker e dirigido por Diego Freitas, o longa acompanha Babi, uma contadora interpretada por Giovanna Lancellotti, que vê sua vida virar de cabeça para baixo ao descobrir, pouco antes do casamento, que foi traída pelo noivo. A descoberta ocorre em meio à sua despedida de solteira, quando encontra evidências claras da infidelidade.
Em vez de se entregar ao sofrimento, Babi escolhe um caminho de reconstrução. Ela transforma o visual, escurece os cabelos, abandona o estilo corporativo e passa a fazer parte de um grupo de motociclistas, mergulhando em um universo de liberdade, velocidade e novas experiências.
É nesse novo ambiente que Babi conhece Marco, um juiz carismático e misterioso, interpretado por Leandro Lima, que conquistou o público e passou a ser chamado de “juiz gato”. A química entre os dois é imediata, e o relacionamento se desenvolve com cenas marcadas por forte erotismo, mas também por camadas emocionais complexas.
As cenas sensuais são filmadas em ambientes diversos — desde cozinhas e garagens até praias paradisíacas —, combinando erotismo com ação, já que o casal também compartilha a paixão pelas motocicletas. A intensidade das cenas, muitas vezes, divide opiniões, mas o cuidado estético e o desempenho dos atores são amplamente elogiados.
Repercussão nas redes e crítica
Nas redes sociais, é comum encontrar comentários dizendo que o filme tem “80% de sexo”, embora também reconheçam a qualidade da narrativa e da produção. Muitos apontam a obra como um exemplo de soft porn, por se manter dentro dos limites da classificação indicativa, sem perder a elegância.
No Rotten Tomatoes, a aprovação ultrapassa os 85%, e parte do público destaca ter reassistido ao filme mais de uma vez, especialmente pela forte conexão entre os protagonistas. A crítica especializada elogia a estética, a direção de arte e a trilha sonora, ainda que alguns considerem o roteiro previsível.
Empoderamento feminino em destaque
Apesar da forte presença de erotismo, o filme também é reconhecido pelo viés de empoderamento. Após sofrer uma traição devastadora, Babi escolhe reescrever sua própria história, sem se vitimizar. Ela passa a comandar sua vida com autonomia, inclusive no campo afetivo e sexual, explorando seus desejos com liberdade.
A personagem representa uma mulher que se permite sentir prazer, tomar decisões por si mesma e não se prende aos padrões de comportamento esperados. Essa abordagem tem gerado identificação entre mulheres que se veem refletidas na força de Babi.
Qualidade técnica e estética cinematográfica
Outro ponto que chama atenção é a qualidade técnica do filme. As cenas de ação com motocicletas são bem coreografadas, e a fotografia destaca tanto os corpos dos protagonistas quanto os cenários, reforçando o apelo visual da obra.
A trilha sonora, com artistas brasileiros contemporâneos, dá ritmo à narrativa e amplifica o envolvimento emocional das cenas. A montagem e o ritmo mantêm a atenção do espectador do início ao fim, mesmo em meio a uma trama considerada simples.
Mais que erotismo: um fenômeno cultural
“O Lado Bom de Ser Traída” vai além de uma proposta erótica. É uma obra que combina sensualidade, superação emocional e protagonismo feminino. O sucesso nas plataformas digitais mostra que há um público ávido por histórias provocantes, mas com propósito e profundidade emocional.
Com pedidos por continuação e destaque entre os mais assistidos da Netflix, o filme se consolida como um fenômeno cultural, ao apresentar uma protagonista que ressurge das cinzas e encontra força na dor, transformando-a em liberdade.