O que verdadeiramente importa…
Se tem um conselho bacana que nunca esqueci na vida, foi o de um fotógrafo na ocasião do meu casamento.
Ele disse: “Olha, o tom desse dia quem dá são os noivos. Em poucos meses, ninguém mais falará da festa, do sabor do bolo, da cor dos arranjos ou se a banda não tocou aquela música do momento, mas, se vocês estiverem felizes, todos estarão e será um sucesso…”
Cara sábio! Levei isso para a vida.
Hoje eu entendo que…
Quando a conversa da sala está boa, a louça do almoço pode esperar na pia, que o sucesso do baile não depende do vestido que escolhi, que sapato lindo e apertado não vale a promoção e que, se há cumplicidade entre os noivos, pouco importa se não teve bem-casado.
Que pesadelo de filho precisa de abraço, ainda que seja a uma da manhã.
Que o péssimo amarelo que escolhi para a parede da sala, talvez faça algum sentido com uma almofada nova.
Que o pudim da sogra será sempre melhor do que o meu.
E que a alegria dela ao prepará-lo, faz dele ainda mais gostoso.
Que algumas discussões simplesmente não valem a pena e que meu silêncio não significa conformismo ou falta de opinião. Apenas… paz de espírito!
Aprendi que a grande reforma que eu quis para a cozinha não me fez cozinhar dobrado e que depois de duas semanas andando no carro novo, ele continua me levando aos mesmos lugares.
Entendi que as pessoas que me são mais caras são aquelas que deixam o coração quentinho, sabe?
E elas precisam (e merecem) saber disso!
E assim eu me entrego demonstrando esse sentimento, seja falando, abraçando ou só me permitindo ficar ali pertinho.
Reflito, agora, pensando se me acomodei e vejo que apenas percebi que talvez eu precise de menos dinheiro do imagino…
E que a maior viagem que tenho feito é essa para dentro de mim mesma.
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