O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-ator da Globo e ex-secretário de Cultura durante o governo Jair Bolsonaro, tem utilizado suas plataformas digitais para expressar descontentamento com políticos “de direita” que comemoraram o triunfo de Fernanda Torres no Globo de Ouro.
A atriz foi premiada como melhor atriz de drama pelo seu papel no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, no último domingo (6/1).
Frias e sua visão sobre o filme premiado
Segundo Frias, a conquista do Globo de Ouro por parte de Torres não deveria ser vista como um sucesso brasileiro.
Ele argumenta que o filme, que aborda as repercussões do sequestro e assassinato do ex-deputado Rubens Paiva pela ditadura militar — ativa entre 1964 e 1985 — baseia-se em uma narrativa fictícia promovida pela esquerda sobre uma “ditadura inexistente”.
O parlamentar também criticou a mensagem do filme, alegando que ele tenta desviar a atenção do público dos verdadeiros perigos enquanto apoia uma “ditadura real” que, segundo ele, está ativa e prejudicando cidadãos comuns.
Um filme que visa distrair o imaginário popular com os perigos de uma ditadura inexistente enquanto essas mesmas pessoas defendem e dão sustentação a ditadura real que está por aí prendendo mãe de família e idosos declarou Frias.
Reprovação aos políticos de direita que felicitaram Torres
O filme “Ainda Estou Aqui”, sob a direção de Walter Salles, alcançou grande sucesso nas bilheterias brasileiras em 2024. A trama acompanha a vida de Eunice Paiva, personagem vivida por Fernanda Torres, que é esposa de Rubens Paiva, ex-deputado que foi assassinado em 1971.
Em um desenvolvimento separado, o parlamentar Sergio Frias criticou políticos de direita que elogiaram Fernanda Torres, chamando-os de hipócritas que buscam aprovação da esquerda. “Todos os políticos da ‘direita’ que estão dando parabéns a Fernanda Torres, alegando que a posição política dela não impede o reconhecimento, estão apenas emulando falso virtuosismo, não passam de hipócritas tentando passar uma aura de moderação na ânsia de ter algum tipo de reconhecimento da elite esquerdista brasileira, a mesma elite que não perderia dois segundos do seu dia para lhes dar qualquer tipo de atenção ou respeito”, escreveu ele.