A história dessa juíza é uma grande prova de que o preconceito pode e deve ser combatido. Confira!
Adriana Maria Queiróz é uma brasileira com uma poderosa história de vida, de resiliência, superação e sucesso. Sua trajetória inspiradora foi contada em uma matéria da Revista Cláudia há alguns anos.
Na época da entrevista, Adriana, atualmente com 42 anos, contou que era a titular da 1ª Vara Cível e da Vara de Infância e Juventude de Quirinópolis (GO), um título muito importante, de grande responsabilidade e que reflete o valor da juíza. No entanto, sua caminhada para chegar ao objetivo não foi nada fácil.
Adriana nasceu em uma família humilde de Tupã, a 450 km de São Paulo, e é filha de retirantes do sertão da Bahia. Estudante de escola pública, ela sempre sonhou em ser juíza, porque via na profissão uma forma de impactar positivamente a vida das outras pessoas, combatendo as injustiças.
Sua condição humilde de vida apenas a motivou a buscar uma realidade melhor para si mesma. Inspirada por seus pais, ela aprendeu a nunca se acostumar com limitações, tampouco a permanecer estagnada, dissolvendo o vínculo com sua zona de conforto.
Concluída a escola, a magistrada decidiu que cursaria Direito, não importavam os desafios que encontraria em seu caminho. Então, matriculou-se na faculdade. Para pagar os estudos, precisou se empenhar muito mais do que diversos colegas de classe, conciliando os estudos com o trabalho de faxineira na Santa Casa de Tupã.
Embora a função na limpeza mostrasse a força e a determinação de Adriana em conquistar o sonho do diploma, muitas pessoas a enxergavam como um motivo de vergonha e zombaria, o que fez com que se tornasse vítima de preconceito. Segundo Adriana, muitas pessoas a ridicularizavam por estudar Direito e, ao mesmo tempo, limpar chão.
Ela, inclusive, já chegou a ouvir que “lugar de pobre e negro é limpando o chão e não na faculdade, ainda mais a de Direito”. No entanto, não permitiu que a torcida negativa e a discriminação a impedissem de ser vitoriosa. Ela já conhecia muito bem o seu caminho e decidiu que não se desviaria dele.
Terminado o bacharelado, Adriana continuou estudando a legislação brasileira e se mudou para São Paulo para fazer um curso preparatório. Em janeiro de 2011, a magistrada conseguiu realizar o seu sonho de infância e assumiu o cargo em Quirinópolis.
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Adriana, que faz parte das poucas juízas negras do nosso país, sabe do poder da sua história e da representatividade no judiciário, para que mais pessoas de origem semelhante possam assumir cargos de importância. Uma matéria do El País, também de 2017, contou que Adriana já tinha cinco pós-graduações.
Ela lançou um livro chamado “Dez passos para alcançar seus sonhos – a história real da ex-faxineira que se tornou juíza de Direito”, contando a sua história e dando valiosos conselhos para aqueles que se inspiram na sua jornada a também serem capazes de alcançar a vitória. Deixamos registradas aqui nossa admiração e respeito por Adriana. A melhor maneira de respondermos àqueles que duvidam do nosso potencial é alcançando o sucesso!