Após muito custo, Zaquieu (Silvero Pereira) conseguiu viajar para o Pantanal ao lado de Mariana (Selma Egrei), fazendo com que a personagem se reconectasse com sua família novamente. Ele, por sua vez, se deparou com a homofobia dos peões.
Diferente da versão original, o remake assinado por Bruno Luperi decidiu alterar uma cena para ressaltar a importância do combate ao preconceito de gênero, usando José Leôncio (Marcos Palmeira) para dar uma grande bronca em seus funcionários. Confira!
Público exalta mudança em cena com homofobia de “Pantanal”
Mesmo sendo baseada na história de Benedito Ruy Barbosa, alguns detalhes da trama de 1990 não envelheceram nada bem e, por isso, sofreram as devidas alterações na versão de Bruno Luperi, transmitida pela TV Globo.
Enquanto a novela original mostrou que até mesmo José Leôncio (Claudio Marzo) zombava do jeito de Zaquieu (João Alberto Pinheiro), sendo o maior motivo para o rapaz ter ido embora do Pantanal, na trama atual o personagem de Marcos Palmeira foi responsável por um discurso digno de aplausos.
Apesar de ter tido atitudes homofóbicas no passado, o fazendeiro reconheceu estar errado e deu razão para Mariana, quando a personagem escancarou o preconceito que Zaquieu vinha sofrendo no local por conta do seu jeito de ser.
Após ter ouvido piadinhas sobre seus trejeitos, o mordomo decidiu ir embora do Pantanal de chalana, deixando apenas uma carta, que esclarecia seus motivos. Na embarcação, o rapaz ainda relembrou os traumas de seu passado em uma conversa com Eugênio (Almir Sater).
“Eu pensei que quando eu chegasse aqui a minha vida mudaria como em um passe de mágica, que aqui eu seria levado a sério. A minha vida inteira eu fui motivo de chacotas, alvo das piadas dos outros, dos apelidos, das gozações. Tanto tempo interpretando o papel do mordomo gay, que eu achei que era isso mesmo, que eu servia para fazer os outros rirem, para me apontarem o dedo, que só assim eu seria aceito no mundo deles, sendo a piada que eles tanto queriam. Acontece que eu também sou uma pessoa, eu não sou uma piada. Eu também tenho as minhas brincadeiras, senhor Eugênio, como qualquer outra pessoa. Mas como qualquer outra pessoa, eu também tenho os meus sentimentos, meus sonhos, meu direito de ser tratado com respeito”.
Por sua vez, José Leôncio foi até a moradia de seus peões conversar sobre o ocorrido e entender porque Zaquieu havia se sentido ofendido. Logo, o personagem descobriu que Tadeu (José Loreto), seu próprio filho, foi responsável pelas piadas de mau gosto, repreendendo o herdeiro e todos os outros funcionários.
Deixando claro que também errou no passado ao acreditar que a orientação sexual poderia mudar algo nas pessoas, o fazendeiro ressaltou a gravidade de distratar por conta das diferenças, exigindo o respeito à diversidade em suas terras.
“Isso que vocês fizeram tem nome e não é piada. É homofobia e é crime (…) de hoje em diante, quem fizer pouco caso de alguém, seja pelo motivo que for, pode juntar suas tralhas de arreio e ir embora daqui”, afirmou José Leôncio, sendo muito elogiado nas redes sociais.