A mídia internacional repercutiu o caso envolvendo a mulher que levou um suposto tio já morto para sacar R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu, Rio de Janeiro, na terça-feira (16).
O jornal britânico The Sun classificou o caso como “um golpe descarado”. A matéria afirma que a mulher tentou sacar o dinheiro mesmo com o idoso já morto.
O Daily Star fez uma comparação entre o ocorrido no Rio e o enredo do filme “Um Morto Muito Louco”. Segundo o jornal, no filme de 1989, dois amigos da área de seguros passam um fim de semana com um cadáver, fingindo que ele está vivo, depois de descobrirem uma fraude de R$ 10 milhões.
O Daily Mail detalhou que a mulher tentou fazer com que o morto assinasse o documento para o saque do dinheiro. O jornal destacou que ela segurava a cabeça dele de forma suspeita, enquanto os funcionários do banco questionavam a palidez do idoso.
Na Argentina, o La Nación descreveu o caso como “horror no Brasil”. O jornal relatou a situação e a tentativa da mulher de sacar o dinheiro do empréstimo.
Na França, o Le Parisien também abordou a tentativa de fraude. O jornal destacou a palidez do corpo e mencionou que, apesar disso, a suposta sobrinha tentou fazer com que ele assinasse o documento.







O que ocorreu
Funcionários da agência gravaram uma situação suspeita. No vídeo, Erika de Souza Vieira Nunes conversa com o idoso, a quem se refere como “tio Paulo”. Com a cabeça inclinada, ele não demonstra reação, mas a suposta parente insiste para que ele assine um documento autorizando um empréstimo de R$ 17 mil.
O Samu foi chamado e confirmou que o homem estava morto há algumas horas. Por outro lado, a defesa da suspeita alega que ele estava vivo ao chegar ao banco.
A defesa também alega que Erika possui laudos psiquiátricos que confirmam que ela tem problemas psicológicos.
Sabemos que há doenças que são altamente psicológicas, outras que transitam para uma questão psiquiátrica e outras que beiram à loucura. Não é o caso dela. [No caso da Erika] São situações que transitam entre um abalo psicológico e uma questão de medicamentos controlados no campo psiquiátrico. Temos o CID [Classificação Internacional de Doenças], inclusive dos laudos, dos medicamentos controlados e do receituário, tudo isso comprovado e de anos anteriores.