Na última sexta-feira, um trágico acontecimento abalou a zona oeste de São Paulo. Isac Tavares Santos, um respeitado Guarda Municipal (GM) de 57 anos, foi morto em sua casa.
O crime foi cometido por seu filho de 16 anos, que disparou um tiro fatal na nuca de Isac. Além do guarda, sua esposa, Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, e sua filha, Letícia Gomes Santos, também de 16 anos, foram vítimas fatais do ato violento do adolescente, que utilizou a arma do próprio pai.
Guarda havia sido homenageado duas vezes
Isac Tavares Santos não era apenas um membro da Guarda Municipal; sua carreira foi marcada por atos de coragem e dedicação.

Em seus 12 anos de serviço em Jundiaí, interior paulista, ele foi homenageado duas vezes por sua bravura:
- Recentemente, neste ano, ele recebeu uma condecoração após ajudar decisivamente na localização do corpo de Ângelo Chaves Pucci, empresário e piloto vítima de um acidente aéreo na Serra do Japi.
- Em janeiro de 2022, Isac foi agraciado com a medalha Vasco Antônio Venchiarutti por seu papel fundamental no resgate de vítimas de alagamentos no bairro Caxambú.
A vida pessoal de Isac era marcada pelo amor à família e pela paixão por corridas, hobby que ele gostava de compartilhar nas redes sociais. A Guarda Municipal de Jundiaí expressou profundo pesar pelo assassinato do guarda e se comprometeu a oferecer todo o suporte necessário aos familiares das vítimas.

O jovem responsável pelos assassinatos justificou seu ato extremo alegando estar revoltado com os pais por terem “confiscado” seu computador e celular. Em depoimento à polícia, o adolescente demonstrou ausência de arrependimento e admitiu ter considerado assassinar os pais anteriormente, motivado por constantes desentendimentos.
Após cometer os homicídios, o adolescente manteve uma rotina aparentemente normal durante o fim de semana, chegando a agredir o cadáver da mãe com uma faca devido à sua persistente raiva. A arma utilizada nos crimes, uma pistola Taurus 9mm, era propriedade de Isac.
O caso está sendo tratado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) como ato infracional análogo aos crimes de homicídio – feminicídio; posse ou porte ilegal de arma de fogo; e vilipêndio a cadáver. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Casa, onde aguardará as medidas legais aplicáveis.