Aos 36 anos, a jornalista brasileira Nathalia Urban morreu nesta quarta-feira (25).
O anúncio foi feito pelo Brasil 247, onde ela atuava como correspondente internacional. “Infelizmente, nossa colega Nathalia não resistiu e os aparelhos serão desligados. Num último gesto de humanidade, os órgãos serão doados.
Nathalia lutou pela liberdade de todos os povos. Estamos em luto e consternados. Oremos para que ela tenha uma boa passagem. Nathalia Urban sempre presente!”, comunicou o Brasil 247 em uma publicação.
O veículo já havia solicitado orações para Nathalia, que teve um acidente em Edimburgo, Escócia.
“Boa noite! Em nome de toda a comunidade da TV 247, pedimos uma corrente de orações por nossa colega Nathalia Urban. Ela está internada, em Edimburgo, na Escócia, após sofrer um acidente ainda não esclarecido pelas autoridades locais. O consulado brasileiro em Edimburgo está atuando no caso e em contato com seus familiares. Assim que possível, traremos mais informações. Agradecemos pelas orações.”
“Lutadora pela liberdade de todos os povos, Nathalia deixa um exemplo de humanidade e compromisso com o jornalismo”, destacou o Brasil 247 sobre a jornalista que fundou o programa Veias Abertas na TV 247, focando nas lutas dos povos latino-americanos e oferecendo uma perspectiva crítica e solidária sobre as questões sociais e políticas da região. Além disso, ela era figura recorrente no Bom Dia 247 ao lado do jornalista Brian Mier, analisando eventos internacionais, e também apresentava o programa Globalistas. Em 2021, participou da série Grandes Jornalistas, compartilhando sua trajetória e sua dedicação ao jornalismo como ferramenta de mudança social.
Amigos lamentam morte da jornalista
Thiago Ávila, militante da causa palestina e ativista internacionalista, expressou seu pesar pelo falecimento da amiga.
“Primeiro a gente perde o chão. Não existe paz nem conforto imediato na ideia da partida. Só dor e tristeza. Tudo que não foi vivido, todas as conversas não feitas, todas as alegrias adiadas, todo carinho anestesiado pela correria e bagunça da vida. O mundo parece mais duro e triste quando perdemos alguém que a gente ama para partilhar dessa caminhada. A dor da perda também tem a ver com o quanto aquela pessoa era importante para as pessoas mais próximas, para a comunidade, para o mundo. É uma conta que não fecha: um desperdício doloroso de energia que semeava coisas boas por onde passava”, iniciou Ávila.
“Cada pessoa se segura espiritualmente no que acredita: que a pessoa foi para um lugar melhor, que virou uma estrela, que voltará, que está entre nós iluminando caminhos, que se tornou formas diferentes de energia, ou pelo menos que deixou seu exemplo como inspiração pra gente e pra história da humanidade. São cosmovisões que nos ajudam a ter paz em momentos assim, mas não bastam para neutralizar a dor da passagem, pois isso demanda tempo. E ainda na missão de ressignificar a morte, a gente precisa falar da vida. Da necessidade imperativa de dar todo o valor pra ela. De nunca menosprezar a imensa dádiva que é estarmos aqui juntos com todos os desafios e missões característicos desse tempo e espaço. E que a melhor forma de honrar aquela pessoa que fez a passagem é viver a vida mais extraordinária que a gente puder se realizando e realizando os sonhos em comum que vocês partilharam pelo tempo que a vida permitiu”, continuou.
“Assim depois do choque a gente vai se adaptando à nova realidade a dor vai se tornando coragem e até a ausência vai se tornando uma outra forma de presença diferente agora como inspiração e aconselhamento através do exemplo que nos ajuda a seguir adiante”, concluiu.
“Que tristeza imensa uma das mais promissoras jornalistas dessa geração Nathália Urban faleceu Mesmo jovem fez muito pelo Brasil e pela América Latina um exemplo de humanismo lucidez e seriedade”, lamentou ainda Carol Proner jurista advogada e articulista em seu Instagram.