Um homem estrangeiro, cuja nacionalidade ainda não foi revelada, foi agredido durante um bloco de carnaval no Centro do Rio na tarde desta segunda-feira.
Relatos indicam que o indivíduo possui duas suásticas tatuadas no corpo, além da sigla da Polícia do Estado da Alemanha nazista, conhecida como SS, e um Sol negro, que também é um símbolo ligado ao regime autoritário de Adolf Hitler.
A confusão ocorreu no bloco Marimbondo Não Respeita, que desfilava na Avenida Franklin Roosevelt. Durante a concentração, as tatuagens do homem começaram a atrair a atenção dos foliões presentes.
O jornalista Rodolfo Gaioto se aproximou do estrangeiro e informou que ele não era bem-vindo no bloco. De acordo com o folião, o homem respondeu que não era nazista, mas a situação rapidamente se transformou em uma briga. Outros foliões intervieram, pedindo calma e retirando o estrangeiro do cortejo.
Testemunhas afirmaram que o homem exibe uma suástica tatuada na nuca e outra na testa. Embora a suástica esteja fortemente associada ao nazismo, ela também é utilizada em algumas religiões como o budismo e o hinduísmo.
Além das suásticas, os foliões relataram que o estrangeiro tem a sigla SS tatuada no rosto. Essa sigla refere-se ao Schutzstaffel, uma organização paramilitar e de segurança ligada a Hitler e ao Partido Nazista.
Foliões ainda notaram que ele possui um Sol negro no braço esquerdo. Esse símbolo combina três dos mais importantes ícones da ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, uma letra do alfabeto usado por antigas tribos germânicas.
Na sua versão mais comum, o Sol negro é representado por dois círculos concêntricos conectados por linhas tortas que vão da circunferência interna à externa. Embora apareça em várias culturas, sua origem é nórdica e foi apropriado pelo nazismo para estabelecer uma conexão histórica com os vikings.
A Polícia Militar foi contatada e afirmou que nenhuma ocorrência foi registrada na área. Por sua vez, a Secretaria Municipal de Saúde declarou que não consegue confirmar se atendeu o estrangeiro em alguma das unidades de emergência sem sua identificação.