Um homem suspeito de agredir a ex-companheira em via pública foi atropelado por outro indivíduo que tentava proteger a vítima, no bairro Tupi B, na região norte de Belo Horizonte, no último domingo (16).
Imagens de uma câmera de segurança mostram o motorista, em um carro vermelho, colidindo com o suspeito antes que ele se aproximasse da mulher.
A Polícia Civil informou que o homem acusado de agredir a ex-companheira foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio e será encaminhado a uma unidade prisional assim que receber alta do hospital. A polícia não se manifestou sobre a situação do motorista.
Detalhes do confronto e consequências
Conforme relatos da Guarda Municipal à Polícia Militar, a mulher foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com uma lesão na cabeça, que teria sido provocada pelo ex-companheiro usando uma trava de volante.
A vítima declarou que foi atacada por se recusar a conversar com o ex, em razão de uma medida protetiva de urgência que ela possui contra ele. Ela afirmou que as agressões só pararam após receber ajuda de pessoas presentes no local e devido ao atropelamento do ex-companheiro.
O motorista relatou aos agentes que havia parado o carro anteriormente para evitar que a vítima fosse agredida e que o suspeito se dirigiu até ele e quebrou o vidro do veículo. Os estilhaços atingiram sua filha, que estava dentro do carro.
Segundo o motorista, ele decidiu atropelar o suspeito para proteger a vítima e sua filha. O momento em que o homem quebra o vidro do carro não é visível nas imagens capturadas pela câmera de segurança.
O homem atropelado recebeu atendimento no local com suspeita de fratura na perna e foi levado ao hospital Risoleta Neves, onde permanece sob escolta da Guarda Municipal. A Polícia Civil informou que a investigação continua em andamento pela delegacia especializada em atendimento à mulher na capital.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.