A engenheira elétrica Paula Thereza Portela Gewehr, de 29 anos, enfrenta uma disputa judicial para assegurar a guarda de sua filha Aurora, que tem 2 anos e 8 meses.
O caso, marcado por alegações de violência doméstica e suspeitas de influência política, tem gerado ampla repercussão nas redes sociais e na mídia.
O ex-parceiro de Paula, João Felipe M. Demito, é filho do ex-prefeito de Balsas, no Maranhão. Além disso, sua advogada é casada com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Froz Sobrinho. Esses fatores levantam dúvidas sobre uma possível interferência política no andamento do processo.
Paula, que se manifestou publicamente sobre a situação, contou que seu ex-companheiro exercia um controle excessivo sobre sua vida durante o relacionamento. Ela revelou que ele chegou a trocar o chip do celular dela, proibiu-a de ir à academia, buscar ajuda psicológica e até mesmo de usar batom e anticoncepcionais.
Aurora nasceu em 2022 nos Estados Unidos, e o relacionamento entre Paula e João Felipe terminou logo após isso. Dois anos depois da separação, Paula registrou um boletim de ocorrência por abuso contra o ex-parceiro, mas a medida protetiva foi arquivada.
Em dezembro de 2024, um juiz decidiu conceder a guarda unilateral de Aurora ao pai, limitando o contato de Paula com a filha a visitas presenciais durante as férias escolares em julho. Em resposta à decisão, Paula declarou:
Nunca impedi ele de ver a Aurora. Ele liga toda quarta-feira por vídeo, combinamos finais de semana alternados, tudo extrajudicialmente. Não há motivo para me tirarem ela.
Atualmente, Paula aguarda o julgamento de um agravo no Tribunal de Justiça do Maranhão. Embora tenha obtido uma liminar que suspendeu a decisão do juiz em Balsas, ela teme que a influência política no caso possa comprometer suas chances de manter a guarda da filha.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.