Um vídeo de câmera de segurança registrou os últimos momentos de Samuel Gusmão Ristori, de 10 anos, antes de seu desaparecimento em São José dos Campos, neste domingo (23).
Poucas horas após as imagens serem capturadas, o menino foi encontrado morto em um córrego da cidade, e a principal suspeita é de afogamento.
Câmera de segurança registra os últimos momentos de Samuel
As imagens foram gravadas às 15h13 e mostram Samuel correndo por uma rua, vestindo uma camisa vermelha e apenas de cueca. O garoto parece segurar algo na mão direita enquanto segue apressado.
O registro foi feito pela câmera de segurança de uma residência localizada na rua Hermogêneo Fernandes da Silva – conhecida anteriormente como rua 5 -, situada no bairro Dom Pedro, na Zona Sul da cidade.
Samuel morava na rua Engels, também no bairro Dom Pedro, e as imagens mostram que ele saiu sozinho de casa após abrir o portão por volta das 15h. Segundo o boletim de ocorrência, o menino estava caminhando na direção da avenida Maria de Lourdes Medeiros de Assis, e ninguém mais aparece no vídeo.
Testemunhas relatam ter visto Samuel em região de mata
De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, Samuel foi visto na avenida mencionada, entrando em uma área de mata com diversas árvores. A região fica localizada a cerca de 1,7 quilômetro de distância da casa da família.
Horas depois, por volta da meia-noite desta segunda-feira (24), o corpo de Samuel foi encontrado no córrego Senhorinha, localizado em uma área de ribanceira e vegetação densa, na altura do bairro Bosque dos Eucaliptos.
O garoto foi encontrado por um primo e, conforme informações da Polícia Civil, não havia sinais aparentes de lesão externa no corpo.
O corpo do menino foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames necroscópicos, com a principal suspeita sendo de afogamento. Samuel foi sepultado na tarde desta segunda-feira, deixando a comunidade abalada com a tragédia.
Polícia investiga as circunstâncias da morte
A Polícia Civil registrou o caso como morte suspeita e encontro de cadáver. As autoridades continuam investigando para esclarecer as circunstâncias que levaram ao afogamento da criança.
Samuel era portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que torna a situação ainda mais delicada e dolorosa para a família.
A investigação busca compreender os fatores que levaram ao desaparecimento e à morte do garoto, bem como apurar se houve algum tipo de negligência ou circunstância que contribuiu para o ocorrido.
A tragédia levantou discussões sobre a necessidade de medidas de segurança e acompanhamento para crianças com autismo, principalmente em áreas residenciais próximas a locais de risco, como córregos e matas.
Vídeo:
