Uma mulher trans de 56 anos morreu após realizar uma aplicação clandestina de silicone industrial em Capão da Canoa, no litoral do Rio Grande do Sul. O procedimento aconteceu na residência da vítima e foi presenciado por uma amiga, que já prestou depoimento à polícia.
A Polícia Civil está investigando o caso como homicídio doloso, já que a prática da aplicação é considerada perigosa e ilegal. A responsável pelo procedimento também está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, mas até o momento não foi localizada pelas autoridades.
Aplicação ilegal e riscos à saúde
O uso de silicone industrial em procedimentos estéticos é terminantemente proibido pela Anvisa, devido aos graves riscos que representa à saúde. As complicações podem incluir deformações permanentes, embolia pulmonar e, em casos extremos, levar à morte.
Equipes policiais realizaram buscas para tentar encontrar a responsável pela aplicação, mas ela segue foragida. A investigação busca identificar mais detalhes sobre como o procedimento foi realizado e quem esteve envolvido na prática ilegal.
Histórico de mortes por silicone industrial
O caso não é isolado. Em 2023, uma jornalista e modelo de 40 anos morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), nove anos depois de passar por um procedimento estético para aumentar as nádegas. Na ocasião, o silicone industrial teria sido misturado com outra substância de preenchimento, o que agravou as consequências.
Casos como esses chamam a atenção para a necessidade de conscientização sobre os perigos de procedimentos realizados de forma clandestina e com materiais proibidos. A busca por padrões estéticos acaba expondo pessoas a riscos fatais.
Alerta para o uso de silicone industrial
A Anvisa reforça que qualquer aplicação de silicone industrial em seres humanos é ilegal e perigosa, sendo permitida apenas em contextos industriais e mecânicos.
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Médicos e especialistas alertam que a busca por procedimentos estéticos deve ser feita exclusivamente com profissionais qualificados e em ambientes seguros, que cumpram todas as normas legais e sanitárias.
A população deve estar atenta aos riscos e evitar recorrer a práticas clandestinas, que podem colocar a vida em perigo. A Polícia Civil continua as investigações e busca localizar a responsável pela aplicação.