Na última segunda-feira (24), uma menina de apenas quatro anos foi encontrada em estado alarmante na cidade de Goiana, situada na Zona da Mata Norte de Pernambuco. A criança estava no quintal de sua casa, com o tornozelo preso a um pedaço de madeira.
A Polícia Militar foi responsável pelo resgate e prendeu em flagrante a mãe da menina, de 30 anos, e seu parceiro, um homem de 71 anos, sob a acusação de tortura.
As imagens do momento da abordagem mostram a criança deitada no chão, cercada por entulhos e materiais de construção. Durante a abordagem, a mulher se identificou como mãe da menina, mas negou que seu companheiro fosse o pai da criança.
Após ser libertada, a menina foi levada para um hospital para receber atendimento médico. Segundo informações da Polícia Civil, o resgate ocorreu graças a denúncias feitas por vizinhos que perceberam os sinais de abandono e maus-tratos.
Testemunhas informaram que a criança apresentava fragilidade visível, além de sinais de fome e sede, o que reforçou a urgência da intervenção.
O casal foi conduzido pela Polícia Militar à 8ª Delegacia da Mulher em Goiana, onde o caso foi formalmente registrado. As autoridades afirmam que as investigações prosseguem para determinar a gravidade dos maus-tratos sofridos pela criança e se há um histórico de agressões anteriores.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, e o Tribunal de Justiça de Pernambuco ainda não forneceu detalhes sobre a audiência de custódia.
A situação da menina causou grande repercussão na cidade e nas redes sociais. A comunidade local clama por justiça e por um acompanhamento rigoroso do caso para assegurar que a criança receba todo o suporte necessário.
Enquanto isso, o Conselho Tutelar foi acionado para decidir os próximos passos em relação ao futuro da menor, que agora estará sob a proteção das autoridades competentes.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
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O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.