Agentes da polícia estouraram um escritório do crime especializado em aplicar golpes contra aposentados e pensionistas, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Durante a operação, os policiais revistaram o imóvel e apreenderam computadores, documentos, anotações e outros materiais que comprovam as atividades criminosas.
Segundo as investigações, a quadrilha possuía acesso completo aos dados das vítimas, incluindo informações bancárias, endereço e telefone. O grupo operava com um esquema bem estruturado, seguindo uma “cartilha do golpe” que continha um roteiro detalhado sobre como enganar as vítimas. O documento ficava exposto no escritório para que os envolvidos pudessem decorar e replicar os passos com precisão.
O método consistia em usar os dados pessoais para se passar por funcionários de bancos e agências de crédito, propondo assumir supostas dívidas da vítima.
Dessa forma, os aposentados e pensionistas eram convencidos a realizar novos empréstimos que, na realidade, eram transferidos diretamente para as contas da organização criminosa, resultando no roubo integral do valor.
Treinamento e metas para os golpistas
Cerca de 50 pessoas foram detidas durante a operação e levadas para a delegacia. De acordo com os investigadores, todos os envolvidos sabiam exatamente o que estavam fazendo, pois passavam por treinamento especializado para bater metas estabelecidas pela quadrilha. A organização criminosa chegava a movimentar mais de R$ 4 milhões por mês com os golpes.
Durante a vistoria no escritório, os policiais encontraram uma lixeira específica para o descarte dos chips telefônicos usados para entrar em contato com as vítimas, evitando qualquer rastreamento. As investigações continuam para identificar o líder da quadrilha e mapear a quantidade exata de pessoas prejudicadas pelo esquema.
Outra central de golpes desarticulada no centro do Rio
A operação também desmantelou uma segunda organização criminosa que atuava no centro da cidade. A quadrilha, formada por 24 pessoas, havia montado uma verdadeira central de atendimento para simular operações financeiras e enganar as vítimas. Utilizando nomes de empresas fictícias, o grupo atraía aposentados e pensionistas, principalmente idosos vinculados ao INSS.
O golpe consistia em convencer as vítimas de que possuíam dívidas em cartões de crédito e outras pendências financeiras. Assim, os golpistas as induziam a assinar contratos de empréstimos para supostamente quitar essas despesas inexistentes. A tática incluía criar um ambiente que inspirasse confiança, evitando suspeitas.
- Notícias: Defesa de condenado alega que pelotão de fuzilamento errou o alvo na execução de pena de morte
Polícia intensifica combate às fraudes contra idosos
A polícia do Rio de Janeiro segue intensificando o combate a essas quadrilhas, que têm aposentados e pensionistas como principais alvos.
As autoridades trabalham para identificar novos envolvidos e evitar que mais pessoas sejam vítimas desses golpes, que têm causado prejuízos financeiros e emocionais significativos.