A família da bombeira Tainá Pauli decidiu realizar a doação dos órgãos da jovem de 28 anos, que morreu na sexta-feira (28) após passar nove dias internada no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí.
Tainá sofreu um afogamento grave durante um treinamento para buscas subaquáticas e não conseguiu se recuperar.
Homenagem dos colegas de trabalho
Os bombeiros formaram um corredor na entrada do centro cirúrgico e prestaram continência quando o corpo de Tainá foi levado para a sala onde seriam retirados os órgãos. A unidade ressaltou que a bombeira sempre teve o sonho de salvar vidas e, mesmo após sua morte, cumpriu essa missão de forma extraordinária.
A decisão nobre da família, em autorizar a doação dos órgãos, trouxe uma nova chance de vida para outras pessoas afirmou o hospital.
“Salvou tantas pessoas em vida, segue salvando mesmo depois de partir. Vou levar você para sempre no meu coração”, expressou a amiga Mayara Ribeiro.
Sepultamento e velório
O sepultamento de Tainá está marcado para às 17h deste domingo (30), no Cemitério Municipal de Antônio Carlos, na Grande Florianópolis. O velório ocorreu ao longo do dia no ginásio de esportes da cidade.
Trajetória e treinamento da bombeira
Tainá Pauli estava prestes a se tornar a primeira mulher certificada no Curso de Mergulho Autônomo (CMAUT) do Batalhão de Bombeiros Militares de Chapecó, onde era lotada.
O afogamento aconteceu no Rio Itajaí, em Itajaí, no dia 19 de março durante um treinamento considerado desafiador, que prepara as equipes para buscas em rios e no mar.
A bombeira foi socorrida e levada imediatamente ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina publicou uma nota de pesar nas redes sociais:
Neste difícil momento, toda a corporação está em luto. O CBMSC registra aos familiares, irmãos de farda e amigos da soldado Tainá sentimentos de tristeza e solidariedade com as respeitosas continências de toda a corporação.