Gabriel Junior Oliveira Alves da Silva, de 22 anos, morreu após ser atingido por um tiro na cabeça disparado por um policial militar durante uma abordagem em Piracicaba, no interior de São Paulo, na noite de terça-feira (1º/4).
Conforme o boletim de ocorrência, o tiro ocorreu quando Gabriel pegou uma pedra para proteger sua esposa, Rebeca Mirian Alves Braga, que também se opôs aos policiais. Vídeos gravados por testemunhas mostram o momento em que Rebeca, grávida, é puxada por um dos agentes.
Em outro vídeo feito por pessoas que estavam nas proximidades, é possível ouvir o disparo que resultou na morte de Gabriel. “Matou o menino”, gritam os vizinhos em desespero.
Gabriel foi levado pelo Samu ao Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, onde foi confirmada sua morte.
Contexto do caso
Os policiais militares Júnior César Rodrigues e Leonardo Machado Prudêncio estavam em patrulhamento na área quando avistaram Gabriel com um objeto suspeito. O jovem resistiu à abordagem e sua esposa também se opôs aos policiais.
Enquanto o PM Júnior tentava ajudar o PM Prudêncio, que estava com Rebeca, Gabriel pegou uma pedra e se aproximou dos agentes.
O policial Júnior César solicitou que o jovem largasse a pedra, mas ele não atendeu ao pedido. Com a aproximação de Gabriel, o PM efetuou o disparo.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, as armas dos policiais foram apreendidas. O caso será investigado através de um inquérito policial militar (IPM).
Investigações em andamento
A Secretaria da Segurança Pública informou que, além do IPM, a 3ª Delegacia de Homicídios do Deic do Deinter 9 também está conduzindo a investigação.
A Polícia Militar afirmou que não aceita desvios de conduta ou abusos.
Se constatadas irregularidades, os envolvidos serão devidamente responsabilizados afirmaram.