As duas irmãs foram vítimas de abuso sexual e engravidaram do mesmo agressor em Mosqueiro, um distrito na Região Metropolitana de Belém (PA).
O suspeito dos abusos foi detido nesta quarta-feira (2) sob acusação de estupro de vulnerável, lesão corporal, abuso sexual e ameaça.
Detalhes da investigação
As investigações realizadas pela Polícia Civil do Pará (PC-PA) revelaram que o agressor estuprou ambas as irmãs, sendo que uma delas tinha apenas dez anos na época dos crimes.
Além disso, o suspeito também teria provocado a gravidez das duas irmãs, que acabaram sofrendo abortos espontâneos durante a gestação.
O agressor costumava ameaçar as irmãs constantemente, o que atrasou a denúncia às autoridades. A denúncia só foi feita quando o suspeito se mudou da Ilha do Mosqueiro para Benevides, onde foi preso.
Ao longo dos anos, nós investigamos e apuramos os crimes cometidos pelo suspeito e, após coleta de informações, depoimentos das vítimas, testemunhas e provas foi possível solicitar o mandado de prisão contra o indivíduo. Algumas das vítimas apresentaram à autoridade policial fotografias de lesões corporais e registros de conversas por aplicativo de mensagens explicou o delegado Heitor Magno, diretor da Seccional de Mosqueiro.
Desdobramentos recentes
Ao ser detido, o suspeito negou todas as acusações feitas pelas vítimas e afirmou nunca ter abusado ou ameaçado nenhuma das irmãs.
Ambas as vítimas buscaram medidas protetivas contra o agressor. A Polícia Civil deve concluir nos próximos dias o inquérito sobre o suspeito, que permanecerá preso preventivamente.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.