Janemeyre Dias de Oliveira, uma técnica de enfermagem de 50 anos, foi assassinada a tiros na noite de sábado, 5, ao deixar um encontro religioso em Assis, interior de São Paulo. Ela estava acompanhada da filha, Yohana Dias Borges, que também foi ferida, mas sobreviveu e não corre risco de morte.
O ex-marido de Yohana, Gustavo Sampaio Frioli, foi preso em flagrante pelo crime. De acordo com a polícia, ele esperou pela ex-mulher e pela ex-sogra no caminho que elas fariam para casa e disparou 13 tiros contra o veículo em que estavam. A reportagem busca contato com a defesa de Frioli.
Conforme informações policiais, Frioli e Yohana têm um filho de 4 anos. Após anos de relacionamento, o casal se separou há dois meses. Desde então, ele começou a ameaçar e perseguir Yohana, levando-a a solicitar e conseguir uma medida protetiva – uma ordem judicial que proíbe sua aproximação sob pena de prisão.
Por volta das 22h30 do sábado, Janemeyre e Yohana deixaram um encontro religioso na Vila Nova Florínea e estavam voltando para casa no carro da técnica quando um homem se aproximou, atirou e fugiu. Frioli foi encontrado pela Polícia Militar dirigindo um Fox branco. Ele foi levado à delegacia e reconhecido como autor dos disparos, sendo preso em flagrante.
Yohana, baleada na perna, recebeu atendimento médico e foi liberada. Já Janemeyre foi atingida por três tiros (na nuca, na coluna e em uma perna) e levada ao Núcleo de Atendimento Referenciado em Assis, mas faleceu enquanto recebia cuidados. Seu velório ocorreu no cemitério municipal de Assis no domingo, 6.
A polícia informou que em 10 de setembro de 2014 Frioli invadiu uma oficina mecânica pertencente a José Eduardo Campos de Lima, conhecido como Zé Moto Mil em Assis, e o matou com 11 disparos – cinco deles atingiram Lima. Ele contou com a ajuda de um tio nesse crime, e ambos foram presos logo depois.
Em 2018, Frioli foi condenado a dez anos de prisão em regime semiaberto. Como já havia cumprido mais de um terço da pena à época da nova condenação, ele obteve progressão e passou a cumprir o restante da pena em regime aberto.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.