Um professor da rede municipal de ensino, com 30 anos, foi detido na quarta-feira (9) em Manaus, sob suspeita de favorecimento à prostituição, estupro de vulnerável e posse de pornografia infantil envolvendo alunas de 8 anos.
De acordo com informações da polícia, ele utilizava seu relacionamento com as mães das vítimas para perpetrar os crimes.
Detalhes da investigação
Conforme a delegada Déborah Ponce, as investigações foram iniciadas após uma denúncia relacionada ao favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes, tendo como principal suspeito o professor, cujas vítimas seriam suas alunas.
Ele costumava se relacionar com mães de alunos para se aproximar das vítimas. Chegamos ao conhecimento de que ele chegou a oferecer dinheiro a uma mulher, sem ligação com as crianças, mas com quem também se relacionava, para que ela conseguisse fotos das alunas. Isso configura o crime de favorecimento à prostituição infantil. Essa mulher também está sendo investigada detalhou a delegada.
Durante as investigações, a polícia encontrou indícios da intenção do suspeito em explorar sexualmente as vítimas, incluindo ofertas de dinheiro, o que configura o crime de estupro de vulnerável.
Consequências legais enfrentadas pelo professor
Além disso, a polícia apreendeu o celular do professor. Após a quebra do sigilo telemático, foram localizados arquivos contendo pornografia infantil. Por isso, ele também foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento de imagens de conteúdo sexual envolvendo crianças ou adolescentes, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A delegada ainda informou que o suspeito já enfrenta um processo por estupro de vulnerável contra uma menina de 11 anos. Existem suspeitas de que ele tenha cometido crimes semelhantes contra outras crianças e adolescentes, que estão sob investigação.
O homem deve responder por estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição infantil e armazenamento de pornografia infantojuvenil. Ele permanece à disposição da Justiça.
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Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.