Na última sexta-feira (11), a pacata cidade de Novo Lino, situada no interior de Alagoas, foi palco de um crime chocante. Uma bebê de apenas 15 dias foi arrancada dos braços de sua mãe por um grupo armado e sequestrada. O caso, que já era grave, ganhou novos contornos com o depoimento do pai da criança.
Desabafo do pai após o sequestro
Jaelson da Silva Souza, que trabalha como motorista em uma usina em Santa Mercedes, São Paulo, estava fora quando o crime ocorreu. Ele não conhecia pessoalmente sua filha, Ana Beatriz Silva de Oliveira, pois seu trabalho o manteve longe desde o nascimento dela. “Um colega que trabalha aqui em São Paulo me acordou e disse o que aconteceu. Eu saí de lá [Novo Lino] e ela [esposa] não tinha nem ganhado a menina. Nunca vi a minha filha, nunca toquei nela, só vi a minha filha por foto e vídeo”, revelou Jaelson, conforme reportado pelo g1.
Após ser informado sobre o crime, Jaelson conseguiu retornar para Alagoas. “A empresa que eu trabalho comprou a passagem de avião. Eu estou com o coração apertado, o que eu estou passando eu não desejo que ninguém passe. É difícil”, desabafou ele.
Detalhes do sequestro da bebê
A Polícia Civil informou que quatro indivíduos — uma mulher e três homens — abordaram Eduarda Silva de Oliveira, mãe da criança, utilizando um carro preto. Eles fugiram levando a pequena Ana Beatriz em direção ao estado de Pernambuco. No momento do crime, Eduarda estava com seus dois filhos, aguardando o transporte escolar do filho mais velho.
Eduarda descreveu os momentos de terror: “O carro foi parando aos poucos, abaixou o vidro e o cara já apontou a arma. Eu ia correr, mas ele disse: ‘se você correr, eu atiro’.” Segundo ela, dois homens saíram do veículo e levaram a bebê à força. Em meio ao pânico, ela notou que um dos homens era moreno com uma tatuagem no peito e a mulher tinha cabelos loiros.
Avanços na investigação
As investigações sobre o sequestro avançaram com a localização de um carro em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, que apresentava características semelhantes ao descrito por Eduarda. Dentro dele foram encontradas três placas diferentes. Um suspeito foi detido e está sob custódia policial; contudo, Ana Beatriz ainda não foi localizada.
O trabalho conjunto das polícias de Alagoas e Pernambuco continua intensamente na busca pela pequena Ana Beatriz e na identificação dos outros envolvidos no crime.