A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um casal suspeito de assassinar o próprio filho de 2 anos. A detenção ocorreu no sábado, 12, em residências nos bairros de Benfica e Tomás Coelho, ambos situados na Zona Norte da cidade.
A operação foi realizada por agentes da 19ª DP (Tijuca). As investigações começaram após a informação de que a criança havia chegado sem vida a uma unidade hospitalar na quarta-feira, 9. Uma equipe policial foi ao local para investigar as circunstâncias e soube que o menino teria passado mal na casa de uma cuidadora antes de ser socorrido.
Entretanto, as apurações da Polícia Civil revelaram que os próprios pais agrediram a criança. A polícia constatou que o menino já apresentava hematomas na cabeça antes mesmo de ser levado à cuidadora.
O casal já estava sob investigação por tentativa de homicídio contra a mesma criança e havia uma medida protetiva em vigor, com o menino sob a guarda do avô paterno.
Depoimentos e laudos médicos
Com base em testemunhos e laudos médicos, a autoridade policial pediu a prisão do casal. Mandados foram cumpridos por homicídio qualificado e descumprimento da medida protetiva.
As investigações mostraram que o menino chegou sem vida à Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão. Funcionários do hospital acionaram a Polícia Civil. Cinco pessoas foram levadas para prestar depoimento na 19ª DP (Tijuca), incluindo o casal, o avô materno, a cuidadora e a pessoa que prestou socorro ao menino.
De acordo com a Polícia Civil, os pais estavam judicialmente proibidos de ter contato com os filhos; no entanto, o avô materno admitiu que desrespeitava essa ordem e entregava a criança aos pais diariamente. A cuidadora informou que o pai levou a vítima e seu irmão gêmeo até sua casa, alegando que o menino estava vomitando e apresentava hematomas na cabeça. A saúde da criança deteriorou durante o dia e ele desmaiou.
O corpo da vítima permanece no Instituto Médico Legal (IML). Os pais foram indiciados por homicídio qualificado e por descumprimento da medida protetiva. A Polícia Civil segue investigando o caso.
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