O juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que concedeu a liberdade provisória a Fabiana Vicente da Silva, de 36 anos, considerou o fato de que a acusada é mãe de filhos menores.
A mulher foi presa preventivamente na sexta-feira (4/4) por ter furtado aproximadamente R$ 150 mil em bens da residência onde atuava como diarista, localizada no Lago Norte.
Inobstante às peculiaridades do caso, há nos autos a informação de que a requerente possui filhas menores que dependem de seus cuidados. […] Posto isso, revogo a prisão preventiva e concedo liberdade provisória afirmou o magistrado, que também impôs medidas cautelares.
Condições da liberdade
Agora livre, a diarista deverá se apresentar mensalmente ao juízo para relatar suas atividades. Além disso, está proibida de deixar o DF sem autorização e de ter contato com vítimas e testemunhas. “Fica a requerente advertida de que sua prisão preventiva pode ser decretada diante da comprovação do descumprimento de quaisquer das condições acima indicadas”, concluiu o juiz.
A identidade da diarista foi revelada em primeira mão pela coluna Mirelle Pinheiro, do portal Metrópoles. Foi apurado que ela já havia sido acusada de um crime similar em agosto de 2024, em outra residência onde trabalhou, na Octogonal.
O caso
O casal sofreu um prejuízo total de quase R$ 150 mil. O boletim de ocorrência detalha todos os objetos furtados e seus respectivos valores.
O item mais valioso é um anel de noivado com diamantes, avaliado em pouco mais de R$ 40 mil. Em seguida, a mulher subtraiu dólares em espécie, totalizando cerca de R$ 40 mil. Também foram levados um par de brincos com pérolas e diamantes, no valor de R$ 16,2 mil.
Além das joias, foram furtados um iPhone X, um videogame portátil, um tablet e um celular Samsung, além de um Macbook Pro da casa no Lago Norte.
De acordo com a polícia, os furtos ocorreram entre 1º de novembro de 2024 e 2 de março de 2025. A investigação revelou que a diarista utilizava dois números diferentes de telefone celular para se promover como uma profissional confiável em grupos e redes sociais, facilitando sua contratação sem referências.
Foram identificados mais dois boletins de ocorrência contra a investigada, que também é suspeita de ter subtraído bens em residências localizadas em Águas Claras e no Sudoeste. As denúncias foram feitas por vítimas após objetos desaparecerem após contratarem seus serviços.
A prisão foi realizada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais. Fabiana está sendo investigada pelo crime de furto qualificado por abuso de confiança, cuja pena varia de 2 a 8 anos de reclusão, além de multa.