Um vídeo em que o traficante Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, canta e dança ao som de “Quem É o Louco Entre Nós“, um forró da cantora Raphaela Santos, em uma piscina, vem se espalhando pelas redes sociais. Esse pode ser um dos últimos registros do criminoso antes de sua morte.
Ele era considerado um dos líderes do Terceiro Comando Puro (TCP), no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, e foi morto nesta terça-feira durante uma operação da Polícia Militar.
“Quem é o louco entre nós? Quem é o louco entre nós? Eu que disse adeus, querendo ficar. Você que se foi pra não mais voltar“, canta TH, claramente relaxado, em um dos trechos da música romântica.
Veja:
Quem era TH e como ocorreu sua morte?
Com 36 anos, TH foi abatido durante uma ação da Polícia Militar. Conforme as autoridades, ele se encontrava em um esconderijo na comunidade do Timbau, uma das regiões sob seu controle, vizinha à Vila dos Pinheiros, Vila do João, Salsa e Merengue e Conjunto Esperança.
Reconhecido como um dos líderes do TCP, a segunda maior facção criminosa do estado, o traficante enfrentava investigações por delitos como tráfico de drogas, roubo de carga e homicídio.
Nos últimos anos, TH tornou-se alvo de operações significativas, como a segunda fase da Operação Maré, realizada em 2023. Essa operação investigava o treinamento de criminosos nas comunidades controladas pela facção, incluindo um clube na Vila do João.
O chefe do tráfico também foi acusado de estar envolvido na morte de membros das forças de segurança. Em 2014, ele foi denunciado por participação no assassinato do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, que foi atingido com um tiro na cabeça durante a ocupação das Forças Armadas na Maré.
Dois anos depois, às vésperas da Olimpíada do Rio, ele foi identificado como responsável pela morte do soldado da Força Nacional Hélio Andrade, que entrou acidentalmente na Vila do João e teve sua viatura atacada a tiros. Mais recentemente, em junho do ano passado, a Polícia Militar o relacionou à morte de dois PMs, Jorge Henrique Galdino Cruz e Rafael Wolfgramm Dias, também durante uma ação na comunidade.