O velório de TH da Maré, ocorrido na última quarta-feira (14), foi marcado por situações inusitadas: desde ônibus fretados para o evento até desentendimentos entre mulheres que tiveram envolvimento com ele, os vídeos compartilhados rapidamente se tornaram virais nas redes sociais.
A cerimônia teve lugar no Cemitério da Penitência, situado no bairro do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. TH da Maré faleceu na terça-feira (13), durante um tiroteio em uma operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais).
Momentos do velório de TH da Maré
O velório de TH da Maré foi amplamente divulgado nas redes sociais, com informações sobre a disponibilização de ônibus para levar familiares e amigos até o cemitério, que está a cerca de 10 km das áreas do Complexo da Maré sob o domínio do traficante.
Uma grande multidão compareceu ao local para prestar suas últimas homenagens. No momento em que o caixão foi fechado, uma salva de palmas ecoou entre os presentes.
Além da presença massiva de pessoas, relatos indicam que uma mulher enviou uma coroa de flores para ser colocada no caixão, se identificando como amante do falecido. A viúva, que estava presente na cerimônia, iniciou uma discussão que resultou em um desentendimento geral. Não houve registros de violência física.

Confira vídeo do velório de TH da Maré:
Morte de TH da Maré em operação do Bope
Thiago da Silva Folly, conhecido como TH da Maré, foi morto no Morro do Timbau, no Rio de Janeiro. Ele era o líder do tráfico nas comunidades Vila do João e Baixa do Sapateiro. O local onde ele foi encontrado pela polícia situava-se em uma comunidade vizinha.
Considerado um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, Thiago da Silva Folly era um dos chefes da facção TCP (Terceiro Comando Puro). Ele estava foragido há oito anos após ser denunciado pelas mortes do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, assassinado em 2014, e do soldado da Força Nacional Hélio Messias Andrade, que foi baleado em 2016 ao entrar por engano no Complexo da Maré.
A operação resultou também na morte de dois dos seus seguranças. Um deles, identificado como Daniel Falcão dos Santos, conhecido como Gotinha, foi velado no mesmo local logo após.