O empresário Adalberto Junior, de 35 anos, foi encontrado morto em um buraco numa área em obras no autódromo de Interlagos, localizado na zona sul de São Paulo. A imagem foi divulgada por meio do perfil de Junior no Facebook.
Descobertas do laudo pericial
Um laudo da Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de sêmen na região peniana de Adalberto Amarílio dos Santos Júnior, que foi encontrado sem vida no autódromo de Interlagos. Contudo, isso não indica que ele tenha tido relações sexuais antes de sua morte.
Detalhes do exame
Resultado positivo para PSA (Antígeno Prostático Específico). Essa proteína, que é produzida pela próstata, aparece em pequenas quantidades no sangue e em maior quantidade no sêmen. No entanto, conforme explicou Osvaldo Nico, secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, isso não comprova que Adalberto teve relações sexuais antes de morrer.
Liberação de líquidos após a morte é considerada “normal“. Em uma coletiva de imprensa, Nico esclareceu que, após a asfixia, o corpo pode liberar urina, fezes e líquido seminal.
Após uma asfixia pode haver essa saída desses líquidos e isso que apontou o exame. Não aponta qualquer relação sexual e também não há indício disso nos autos por ora. É algo biológico do corpo humano afirmou.
Circunstâncias do encontro do corpo sugerem intenção de “humilhação”. Nico também destacou que o fato de o empresário estar sem as calças quando foi encontrado sem vida sugere que o assassino quis “humilhá-lo“, ao invés de indicar violência sexual.
Investigação trata o caso como homicídio. Segundo Nico, a polícia está explorando três linhas de investigação, mas detalhes adicionais não foram divulgados devido à complexidade e sigilo do caso.
Lembre-se do caso
Adalberto desapareceu após participar de um evento de motos no Autódromo de Interlagos. Nas redes sociais, familiares e internautas solicitavam informações sobre seu paradeiro para sua companheira, a farmacêutica Fernanda Dandalo, através do Instagram.
O último contato com a esposa foi em 30 de maio, por volta das 20h. Câmeras de segurança registraram Adalberto chegando sozinho ao evento no autódromo, mas não há imagens dele saindo do local.
O corpo foi encontrado em um buraco em obras da prefeitura na manhã de 3 de junho. Desde então, a polícia está empenhada em esclarecer o ocorrido.
Adalberto foi encontrado sem as calças e o par de calçados que usava no dia do desaparecimento. Ao seu lado estavam a carteira, o celular e o capacete, mas a câmera acoplada ao acessório não foi localizada.
A morte não foi instantânea; ele sofreu um assassinato “lento e sofrido”. “Ele teve uma morte lenta, agonizante… Ele podia estar tentando respirar“, declarou Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), durante uma coletiva de imprensa realizada ontem à tarde.