O brutal assassinato da pequena Laura Liz do Patrocínio Lupatini, de apenas 7 anos, ocorrido na manhã de terça-feira (1º), chocou a comunidade de Leopoldina, localizada na Zona da Mata mineira. A Polícia Civil está à frente das investigações deste caso.
A mãe da criança, uma mulher de 31 anos, foi detida em flagrante e admitiu ter dopado, sufocado e esfaqueado a filha. Na quarta-feira (3), ela foi transferida para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, situado em Barbacena, no Campo das Vertentes.
O que já se sabe e o que ainda precisa ser esclarecido sobre o homicídio
1. Quando ocorreu o crime?
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar no dia 2 de julho. Contudo, o Boletim de Ocorrência não especifica o horário exato da morte da menina.
2. O que aconteceu?
Na terça-feira, por volta das 7h, o pai da menina, que é ex-companheiro da mãe, procurou a polícia após receber uma mensagem ameaçadora dela, indicando que tiraria a vida da filha. Infelizmente, quando as autoridades chegaram à residência, o crime já havia sido consumado.
O pai relatou ainda que, na segunda-feira (1º), durante uma ligação com a ex-esposa, ao afirmar que não desejava reatar o relacionamento, a mulher pediu à filha que dissesse ao pai que “iria para o mundo de neves”, sem esclarecer o significado dessa expressão.
Mais tarde, por volta das 22h30, a mãe postou mensagens nas redes sociais se declarando para a filha em tom de despedida. Não está claro se a criança já estava morta no momento dessas postagens.
3. Quem era a vítima?
Laura Liz do Patrocínio Lupatini, com apenas 7 anos, estava cursando o primeiro ano do ensino fundamental na Escola Municipal Botelho Reis, em Leopoldina.
No Bairro São Cristóvão, onde a menina residia, os moradores se reuniram na Praça São Cristóvão com balões brancos. Com aplausos e lembranças carinhosas, eles prestaram suas últimas homenagens à criança.
4. Quem matou a criança?
A Polícia Militar informou que a mãe da menina confessou ter cometido o crime. A vítima foi levada pelo avô à Casa de Caridade Leopoldinense, mas não resistiu aos ferimentos. A mulher também foi socorrida pelo Samu para o mesmo hospital após tentar tirar a própria vida.
5. A mãe estava em surto ou sob efeito de remédios?
As autoridades não divulgaram informações sobre um possível surto ou uso de medicamentos pela mãe. Também não há confirmação sobre se ela estava sob tratamento psicológico.
Na quarta-feira (3), ela foi transferida do presídio de Leopoldina para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena. Não há informações sobre quanto tempo permanecerá internada.
6. Qual foi a motivação do crime?
De acordo com a Polícia Militar, a motivação do crime estaria relacionada à não aceitação do término do relacionamento por parte da mulher com o pai da criança.
A carta deixada por ela afirmava que, por não conseguir reatar com ele, ele não veria mais a filha. Ela também pediu que vestissem a criança com um vestido separado e deixassem as alianças sobre o túmulo, como símbolo do amor que ainda sentia por ele.
7. Como a criança foi morta?
No hospital, a mulher confessou à Polícia Militar que dopou a filha com um ansiolítico, depois a asfixiou e esfaqueou no peito e nos pulsos. Em seguida, tentou cortar sua própria garganta e pulsos.
A faca utilizada, o celular da mulher, as embalagens dos medicamentos e uma carta escrita à mão foram apreendidos e enviados para análise pericial.
8. Como estão as investigações?
André Luiz Dias Lima é o delegado encarregado das investigações. A assessoria da Polícia Civil informou em nota que foram solicitados exames periciais cujos resultados devem ser divulgados em até 30 dias.