O quanto você é você mesmo no seu dia a dia?
Diariamente nos levantamos cedo, vestimos nossas roupas, lavamos o rosto no banheiro e tomamos aquele café com pão amanhecido, nos preparando para mais um dia que, certamente, será longo e cansativo.
Metrô e ônibus lotado, ruídos ensurdecedores, buzina, fumaça de caminhão. Você tenta correr contra o tempo para não chegar atrasado naquela reunião.
Mais uma reunião.
Você olha no relógio e não vê a hora de chegar em casa e largar os sapatos espalhados, tomar aquele banho relaxante, ligar a televisão e quem sabe comer. Você pode estar tão exausto que nem se alimentar consegue.
Você vai dormir, preparando-se para uma rotina não muito diferente nos outros 5 – ou 6 – dias da semana, 8 horas por dia ou mais.
Por isso eu repito: O quanto você é você mesmo no seu dia a dia?
Você consegue vivenciar a sua subjetividade ou ela foi soterrada pelos afazeres cotidianos? Sem que você possa perceber, seus sonhos ficaram na gaveta e você se vê obrigado a trabalhar dia após dia, pagando contas, dívidas, que nada ajudam você a realizar seus sonhos. Nós nunca paramos para refletir a real necessidade de adquirir tantos objetos, coisas, manter-nos ocupado o tempo todo e o quanto isso pode nos distanciar de vivermos a vida que realmente queremos.
” Fazer o que, a vida é assim mesmo”.
Já ouvi muitas vezes essa frase resignada. Mas será que a vida é assim mesmo, ou fomos adestrados a acreditar que é assim que ela é, e que é assim que ela sempre deverá ser?
Estamos acostumados a deixar tudo no piloto automático, aguardando milagrosamente um acontecimento inusitado que mudará nossas vidas: um amor, um emprego, um novo curso, como nas historinhas infantis em que um herói aparece e tudo resolve. Mas o principal não muda: Você.
Não existe mudança externa sem que antes isso aconteça internamente.
Trabalhamos para comprar um carro, uma casa, roupas melhores, comer em restaurantes mais caros.
E morremos pagando por isso.
Quanto menos tempo você tiver para si mesmo, mais fácil continuar retroalimentando o sistema no qual se vive.
Não há nada de errado em adquirir coisas; elas são fruto de nosso trabalho. Mas uma pergunta essencial deveria ser feita: Para quê?
Vamos esquecer a parte do dinheiro. De que forma o seu, o meu, o nosso trabalho impacta na vida de outras pessoas? De que forma ele aproxima as pessoas de algo que foi esquecido há muito tempo pela humanidade: o espírito?
De que forma o seu trabalho te aproxima do seu próprio espírito?
Quando brilhamos, damos espaço para que outras pessoas também mostrem a sua luz, nos presenteiem com seu brilho. Por tanto, é importante não perdermos tempo com o que não condiz com nossos mais profundos anseios. É preciso brilhar hoje, ser você mesmo hoje, por que, quando as cortinas se fecham e as luzes se apagam, só o que resta é o que fizemos e como seremos lembrados. Com certeza não gostaremos de descobrir que vivemos uma vida de mentira e perdemos oportunidades de crescimento em todos os aspectos.