Você tem vontade de envelhecer com os amigos? Então se inspire nessa ideia!
Todos já pensamos, pelo menos uma vez, em morar com nossos amigos e ficar perto deles até a velhice, compartilhando momentos especiais, sempre prontos para ajudar uns aos outros.
Para muitos, isso permanece apenas um desejo, mas professores da Unicamp tiraram o sonho do papel, criando uma vila para morarem juntos durante a velhice.
O projeto, chamado Vila ConViver, teve início em 2014, durante um trabalho de grupo sobre cohousings – moradias criadas e administradas por amigos idosos que decidem, juntos, onde e como querem viver sua aposentadoria.
A ideia encantou os professores e, atualmente, a associação formada por professores sindicalizados aposentados já conta com quase 200 membros.
A Vila ConViver, situada em Campinas, no estado de São Paulo, planeja implementar um projeto de cohousing em área de ao menos 20 mil m².
O foco do projeto é abrigar, em sua maioria, professores aposentados da Unicamp.
Por enquanto, já são 70 pessoas participando do projeto e o custo estimado é de R$ 400 mil por unidade, com pagamento mensal de R$ 3,5 mil. Todas as decisões serão tomadas em conjunto.
“Será uma comunidade sênior solidária, de apoio mútuo”, disse Sérgio Mühlen, profissional que se juntou ao grupo de trabalho do Vila ConViver, em entrevista ao O Estado de S. Paulo e continuou: “Diferentemente de um condomínio, onde se escolhe a casa, o preço e as facilidades, e depois se conhece o vizinho, é o oposto. Escolhemos os vizinhos, alinhados com nossos valores.”
“Os modelos de condomínios podem atingir uma parcela maior dessa população (mais velha), pois é mais tradicional, em que a administração está sob responsabilidade de empresas”, disse Edgar Werblowsky, criador da Aging Free Fair, referência no debate sobre o tema, à UOL.
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A estrutura da Vila ConViver
A previsão é que a vila seja inaugurada em 2020 e, seguindo o modelo cohousing, as casas serão dispostas de uma maneira que incentive a proximidade dos moradores, além de contar com áreas de lazer comunitárias, sempre preservando a privacidade.
Dessa maneira, os moradores terão a liberdade de socializarem quando quiserem, e ainda existirá há um sentimento de afeição e coletividade entre eles, incentivada pelo grande tempo na mesma ocupação profissional, o que pode ser o princípio da criação de relacionamentos saudáveis e uma oportunidade de reforçar as amizades antigas.
O professor Bento da Costa Carvalho Júnior (FEA), da diretoria da ADunicamp, associação dos docentes da Unicamp, explica em uma matéria no site da ADunicamp, que a ideia pode ser muito benéfica para a qualidade de vida desses professores da terceira idade:
“Muitas destas comunidades são acompanhadas e estudadas por especialistas em gerontologia, antropologia, sociologia, psicologia e arquitetura. Vários estudos mostram que esse modelo de moradia contribui, de forma decisiva, para uma vida mais longeva, com uma melhor saúde física e mental e, portanto, uma melhor qualidade de vida dos idosos, reduzindo ou eliminando doenças comuns na velhice, como a depressão, a demência senil e o Alzheimer.”
Uma iniciativa muito legal, além de incentivar companhia e amizade, faz bem para a saúde dos idosos!
O que você achou da ideia? Faria isso com seus amigos?
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