“Espalhar um rumor malicioso não apenas machuca o alvo das fofocas, mas faz com que a pessoa que faz a fofoca seja vista como uma pessoa rude e imatura”. – Sharon Schweitzer, CEO e fundadora do Protocolo e Etiqueta Mundial
A fofoca, conforme definido pela Wikipédia, “consiste não somente no ato de fazer afirmações não baseadas em fatos concretos, especulando em relação à vida alheia, mas, também, em divulgar fatos verídicos da vida de outras pessoas sem o consentimentos das mesmas, independente da intenção de difamação ou de um simples comentário, sem fins malignos.” Conversa fiada, rumores, vida pessoal.
Quem gosta do que obviamente é um ato vil e inútil? Aparentemente, muitas pessoas parecem gostar disso. Muitas dessas mesmas pessoas estão muito dispostas a fazer isso, apenas para se sentirem superiores.
E, não se engane, as fofocas não são úteis e são más.
Esse comportamento chega a ser abominável e não oferece benefício algum para qualquer um, então, por que nós fofocamos? Ainda assim, muitos de nós se envolve,e, até mesmo, encorajamos o ato.
Este comportamento também reflete-se na mídia. Pense em todos os programas de televisão que enfatizam as fofocas para atrair a audiência. Além disso, temos lojas de “notícias” como a TMZ que se orgulham do desejo insaciável do público de obter a “última notícia” (informações muitas vezes falsas e depreciativas) que não possuem, absolutamente, nada relacionado com nossas vidas.
O instinto de fofoca pode ser tentador. Especialmente, se houver algum tipo de vingança individual contra alguma pessoa. Além disso, uma conversa típica e neutra sobre alguém pode, rapidamente, tornar-se uma sessão de fofocas, se qualquer um de dentro do grupo decidir compartilhar algum “babado”. Embora possa ser tentador participar de tal “discussão”, isso é uma má ideia.
“Culpa por associação” é uma fase relevante nesse cenário. Talvez alguns de nós possamos relacionar com isso por “ficar sabendo” algo sobre alguém. Como você se sentiu? Provavelmente não muito bem.
De qualquer forma, pessoas que fofocam, muitas vezes, não se sentem bem consigo mesmas. Por exemplo, alguém que se sente indesejado ou desinteressante e acaba escolhendo divulgar algo que possa despertar o interesse dos outros. Fazendo isso, a pessoas podem sentir essa sensação de aceitação. Tais pessoas acabam com um dos dois sentimentos: seja alívio em ser aceito, ou remorso por ter prejudicado alguém. Infelizmente, muitas vezes, é a primeira opção.
A psicologia por trás das fofocas
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Tal como acontece com muitas outras tendências sociais, os psicólogos estudaram vários aspectos da fofoca. Uma dessas tendências que foi estudada é o dano que o ato faz tanto para quem pratica quanto para a vítima (sim, é considerada uma vitimização, em muitos círculos psicológicos). A conversa, como se vê, é um ato muito comum: “Cerca de 60% das conversas entre adultos são sobre alguém que não está presente”, diz um psicólogo social proeminente.
60 por cento? Por que um número tão alto?
A razão que os psicólogos dão, é que a fofoca ajuda a construir vínculos sociais. O motivo?
Porque os desagrados compartilhados entre grupos de pessoas são mais poderosos para a conexão humana do que os gostos compartilhados e outras informações positivas. As pessoas envolvidas em fofocas costumam sentir um senso de humor compartilhado, interesses mútuos; sem mencionar uma certa “emoção” alcançada através da divulgação de “informações confidenciais”. Muitos bisbilhoteiros deleitam-se com as falhas dos outros e alguns aproveitam os infortúnios de outras pessoas – mesmo que esse prazer não tenha qualquer tipo de autorização.
Logo, os psicólogos revelam uma ÚNICA frase para cessar as fofocas imediatamente. Quando alguém estiver tentando lhe contar uma fofoca maldosa sobre alguém, a melhor coisa a perguntar é: Por que você está me contando isso? Os psicólogos dizem que isso é efetivo por alguns motivos. Primeiro, a pergunta interrompe imediatamente qualquer motivo de egoísmo da pessoa. Em segundo lugar, a frase obriga-os a enfrentar o fato de que você, provavelmente, não está feliz em estar envolvido.
Na maioria das vezes, a pessoa iniciando a fofoca será surpreendida com a pergunta. E também não terá uma boa desculpa do porquê estão incluindo você na conversa. Com base na resposta deles, é muito fácil simplesmente declarar: “Não quero participar”, ou “Você deve discutir isso com ele, pessoalmente”. Com essa resposta eficaz de lado, psicólogos e outros especialistas compartilham uma simples pérola de sabedoria: Abstenha-se de iniciar qualquer diálogo sobre uma pessoa que, provavelmente, seria prejudicada – emocionalmente ou de outra forma.
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Direitos autorais da imagem de capa: bowie15 / 123RF Imagens
Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: Power of Positivity