Um teste aparentemente simples com as mãos está chamando atenção nas redes sociais por sua capacidade de indicar possíveis problemas neurológicos.
O alerta veio de um médico de Londres conhecido no TikTok pelo perfil Medifectious, que publicou um vídeo demonstrando o procedimento de apenas 30 segundos. A gravação, que já ultrapassou 185 mil visualizações na plataforma, mostra como uma simples ação pode revelar indícios de condições sérias, exigindo atenção médica imediata.
De acordo com o profissional, se a pessoa não conseguir realizar o teste de forma adequada, pode ser um sinal de que está na hora de fazer um check-up neurológico.
O teste envolve um movimento específico: com uma mão esticada com a palma voltada para cima, a outra deve bater sobre ela alternando entre a palma e o dorso, em um movimento rápido e contínuo — algo similar ao gesto de “segurar um peixe fora d’água”.
“Se você não consegue fazer isso, talvez seja melhor fazer um exame”, afirma o médico no vídeo, antes de explicar que essa dificuldade está relacionada à disdiadococinesia, uma condição neurológica que afeta a capacidade de realizar movimentos alternados de forma rápida e coordenada.
O que é disdiadococinesia e por que ela preocupa
A disdiadococinesia é um termo clínico que se refere à incapacidade ou dificuldade de executar movimentos rítmicos e alternados com fluidez.
Segundo a Healthline, essa alteração motora pode ser sintoma de uma série de distúrbios neurológicos, especialmente aqueles que afetam o cerebelo — parte do cérebro responsável pela coordenação motora e equilíbrio.
Entre as condições associadas à disdiadococinesia estão:
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- Esclerose múltipla (EM)
- Ataxia de Friedreich, um distúrbio neurodegenerativo hereditário
- Lesões cerebelares, que podem ser causadas por traumas ou acidentes vasculares
- Doença de Parkinson
- Doença de Huntington
- Tumores cerebrais
A Max Healthcare, instituição médica especializada, reforça que além dessas causas, disfunções metabólicas, infecções no sistema nervoso, doenças inflamatórias e alterações vasculares também podem comprometer o funcionamento do cerebelo e desencadear disdiadococinesia.
Consequências no corpo e sinais que merecem atenção
A disdiadococinesia pode se manifestar de diversas formas, afetando tanto os membros superiores quanto inferiores, além de impactar diretamente a fala.
O comprometimento da coordenação motora fina e da resposta muscular rápida pode indicar que algo mais profundo está ocorrendo no cérebro.
Entre os principais sintomas observados estão:
- Má coordenação de movimentos entre mãos, braços e pernas
- Alterações no equilíbrio e instabilidade ao caminhar
- Movimentos lentos, rígidos ou desajeitados
- Dificuldade para mudar de direção ao caminhar ou se movimentar
- Fala arrastada ou incompreensível
O médico também destaca que, em idosos, a dificuldade em realizar esse teste simples pode ser um dos primeiros sinais de um acidente vascular cerebral (AVC) iminente ou em curso.
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Isso reforça a importância de observar atentamente qualquer alteração sutil nos movimentos motores, especialmente quando acompanhada de outros sintomas como desequilíbrio ou fala prejudicada.
Quando procurar ajuda médica
Caso você ou alguém próximo apresente dificuldade em realizar o teste demonstrado — ou note outros sintomas motores incomuns —, é essencial procurar orientação médica. Um neurologista poderá solicitar exames mais detalhados, como ressonância magnética, tomografia ou avaliação neurológica completa, para identificar a causa do problema.
Esse teste não substitui o diagnóstico profissional, mas pode ser um sinal de alerta inicial muito útil reforça o especialista
Realizar avaliações preventivas e ficar atento a pequenas mudanças no corpo são atitudes fundamentais para um diagnóstico precoce de doenças neurológicas. O cérebro dá sinais — e o corpo responde. Saber escutá-los pode fazer toda a diferença.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
Vídeo: