Um amigo me disse que todo mundo procura na vida uma zona de conforto. E que isso é felicidade. Fui pega de surpresa. Será?
Será que a vida é só isso? Será que passamos por tantas coisas, antes mesmo do renascimento na terra, para ficar somente confortáveis?
E o que se faz quando a vida não nos desafia mais? O que se faz quando a curiosidade pela vida acaba? O que fazer quando você chega, finalmente, àquela “bendita” zona de conforto?
Talvez o meu espírito ariano fale mais alto neste momento. No breve momento que tentei me imaginar sentada em uma cadeira, vendo a vida passar na minha frente, sem ser desafiada, conformada com o que chegava, eu me senti sufocada, assustada e não me permiti ser arrebatada por esta ideia. Pensar em viver confortavelmente conformada me dá a sensação de morte.
Um casamento infeliz, um trabalho sem desafios, o silêncio dolorido para evitar confrontos ideológicos, aceitar traições, mentiras e outras coisas só para não perder… o quê? Isso é conforto?
Para mim, é a descrição do inferno.
Ser feliz, pra mim, é amar-se tanto que a companhia das outras pessoas é importante, mas não indispensável.
Felicidade para mim é entender que faço parte de um todo, que sou filha de um Deus tão grande e tão poderoso que me fez ser parte de um todo e completo ao mesmo tempo (parece confuso, mas não é ).
Ser feliz para mim é amar a todas as pessoas a ponto de poder dividir esse amor com o mundo. É ser desafiada a aprender mais e mais, sobre diversos temas, todos os dias, é fazer o que for, com amor é dedicação. E isso não é viver em zona de conforto.
Por favor, não percam a paixão pela vida. Não tenham medo de recomeçar, quantas vezes for necessário. Isso faz parte da nossa evolução. E, acredito que é isso que buscamos todos os dias: evoluir!
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