Erin S. Lane escreveu um livro contando suas experiências de vida na maternidade e destacando sobre as escolhas das mulheres.
À medida que vamos crescendo e se tornando adultos independentes, assuntos mais complexos e importantes começam a aparecer, e muita das vezes, exigem de nós esforços a mais para entender o que queremos de fato. Um dos assuntos que sempre cercam as mulheres, por exemplo, é a maternidade, onde elas precisam pensar se vão querer ou não ser mães no futuro.
A escritora americana Erin S. Lane resolveu compartilhar sua história de vida por meio da escrita, escrevendo o livro “Someone Other Than a Mother”. Segundo uma entrevista ao NewsWeek, no livro, Erin fala sobre diversos assuntos sobre a maternidade, sem romantizá-la, destacando que ela é melhor quando escolhida do que quando destinada.
Erin Lane tinha apenas 12 anos quando percebeu que a maternidade era o seu destino, ou, pelo menos, deveria ser. Em meados da década de 1990, a campanha “True Love Waits” (“O amor verdadeiro espera”, em tradução livre) chegou na paróquia católica que frequentava. Na época, Erin ainda era criança, mas mesmo assim, resolveu assinar a campanha que prometia esperar para fazer sexo até se casar com seu futuro companheiro.
![Escritora desabafa: “A maternidade é melhor quando escolhida do que quando destinada”](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/07/Imagem-1-Escritora-desabafa-A-maternidade-e-melhor-quando-escolhida-do-que-quando-destinada.jpg)
Assim, isso prescreveria duas possibilidades a Erin: casar-se um homem e ser mãe dos seus próprios filhos, ou permanecer celibatária, como freira ou apenas uma mulher solteira, e ser mãe das crianças do mundo. Entretanto, as opiniões da escritora mudaram quando ela se mudou para o enclave progressista de Ann Arbor, em Michigan.
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No ensino médio, Erin S. Lane sabia que a ideia do amor romântico era algo que ela queria, porém, quando se tratava da questão de ter filhos, ela não se sentia tão animada ou ansiosa. Ainda ao NewsWeek, ela afirmou que era uma babá terrível também, que se esgotava facilmente e por conta disso, começou a cogitar uma terceira opção para sua vida: o casamento sem maternidade.
Casamento e maternidade
No primeiro ano de faculdade, Erin conheceu seu futuro marido, que era metodista, enquanto ela era cristã, mas não mais uma católica praticante. Depois de três anos de relacionamento, eles resolveram se casar com a condição dada por Erin de que provavelmente ela nunca ia querer ter filhos. Por ele ter trabalhado com crianças anteriormente, ele concordou, pois queria uma vida doméstica mais tranquila. Segundo Erin, não ter filhos significava que ela teria mais energia e atenção para dar à carreira de escritora e à comunidade local.
Então, em julho de 2006, o casal oficializou a união em uma cerimônia de uma igreja protestante em um dia escaldante de verão. Apesar da decisão de não ter filhos, ninguém chegou a criticar abertamente a decisão deles, mas sempre havia certos comentários como “você seria uma ótima mãe” ou “você não conhece o amor até se tornar mãe”.
Na beira dos 30 anos de casamento, um pouco solitários e com capacidade de sobra, Erin e o marido sentiram em seu íntimo que deveriam ajudar crianças que sofrem nos orfanatos. Apesar disso, eles não esperavam que em 6 meses depois três irmãs em idade escolar consideraram a adoção. De acordo com a entrevista, Erin S. Lane disse que é difícil, até mesmo agora, explicar por que eles disseram sim, mas inicialmente pensavam que seria algo temporário, onde eles pudessem voltar para casa da família biológica, mas as circunstâncias não permitiram isso.
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Sabendo que eram capazes e achando que a ideia seria boa para ambos, tanto para eles, quanto para as crianças, eles as adotaram. A comunidade ficou feliz pelo casal, parabenizando por terem se tornado pais, mas após o início agradável, quando o choque passou, a tristeza se instalou em Erin.
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Apesar de todos acharem que ela finalmente estava assumindo seu papel de mãe, não era assim que ela se sentia, por isso, fez o que os escritores fazem: escreveu um livro. Com ele, Erin ajuda outras mulheres a reescrever os “roteiros” da maternidade.
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Quando as filhas, já adolescentes agora, a escritora afirma que elas são lindas, desafiadoras e exaustivas. Nos dias em que o ressentimento aparece, eles tentam se lembrar de que foi para isso que se inscreveram na adoção e tiveram uma escolha. Assim, Erin deseja o mesmo para as filhas, que elas saibam que a maternidade é melhor quando escolhida do que quando destinada.