Ah, a juventude que vai embora! Quando contemplamos fotos antigas, nós nos perguntamos: onde eu estava com a cabeça quando me achava feia? Quem nunca?
É uma reflexão impiedosa, mas necessária. Ver-se no passado e perceber que nunca estamos completamente satisfeitas com nossa aparência, mesmo quando ela parece definitivamente satisfatória no momento atual.
E 10, 20 anos depois, analisando o passado, concluímos que algo sempre incomoda. Um pouco acima do peso, olheiras, altura, cabelo que não se ajeita, a roupa que não fica bem ou nosso gosto para elas. Procuramos desculpas totalmente fúteis para nos punirmos, desfazendo de nossa imagem, deixando de amar quem somos, para criticar, cruelmente a imagem que pertence exclusivamente a nós e é única.
E quando o tempo passa, você se vê lá e pensa, mas qual era mesmo o meu problema?
Não havia problema nenhum! Tudo depende da maneira como nós nos contemplamos, tudo é relacionado à nossa autoestima, o nosso conceito a respeito de quem somos.
Então, passamos a dar mais valor e quem nos tornamos, com gratidão.
Mas o tempo passou, você já não tem mais aquela feição de “mocinha” e começa novamente a questionar sua imagem, suas expressões e as marcas que a vida deixou. Você se culpa por ter sido cruel, condena-se pelo mal que causou a si mesma e arrepende-se das oportunidades que perdeu, pela falta de confiança em si.
Então, percebe que é tudo uma questão de escolhas, de aceitar, de agregar qualidades a cada ruga que começa a se formar em seu rosto. E que, no final das contas, é lindo! É sua história, tudo pelo que você passou. Seu sorriso, seu olhar, seu jeito, a personalidade formada, que atraía tantos olhares, elogios e que, hoje, dá lugar à presença marcante, pelo conjunto da obra.
A verdade é que a imagem passa a ser apenas uma de nossas conquistas. E, ao olhar-se no espelho, a insegurança fica em 2º plano.
O frescor da juventude se foi e junto com ele os medos, de não ser aceita, de não agradar ou não ser bonita o bastante. Porque, afinal, a beleza é uma questão de opinião e só se aprende isso depois dos 30, porque antes disso a aparência é a causadora da 1ª impressão.
Sua história, suas conquistas, suas noites mal dormidas e tudo o que superou durante sua juventude dão vida à sua presença, tornando-a esta mulher madura.
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Nada poderia ser diferente para que você chegasse até aqui realizada, cheia de aprendizados e preparada para o mundo.
Logo, ter 40 anos é a celebração, o ápice da vida de uma mulher. A autoestima é uma construção diária, constante e muito compensadora, e o amor-próprio sempre será sua melhor maquiagem.