Já dizia Martin Luther King: “Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.”
O relógio do mundo não para, por isso somos tão imediatistas e tão materialistas.
Atualmente, vemos as pessoas numa medida, e a soma é que traz um resultado positivo ou negativo a respeito dessas pessoas que estão ao nosso redor. Julgamos a embalagem bem antes de analisar o conteúdo.
Usamos as pessoas, e, por muitas vezes, amamos as coisas, invertendo uma ordem natural, que nos foi dada por Jesus Cristo. Assim, vivemos com egoísmo, preconceito e não aprendemos a conviver com as diferenças que estão ao nosso lado.
Às vezes, esquecemo-nos de que somos seres tão limitados, que cobramos perfeição daqueles que, por natureza, têm capacidades e funções diferentes das nossas, e assim perdemos a oportunidade de manter relacionamentos saudáveis com as pessoas com as quais convivemos. Já dizia Martin Luther King: “Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.”
Na verdade, já aprendemos tantas coisas, mas ainda não aprendemos a amar o próximo como a nós mesmos.
As palavras de Jesus ecoam ainda hoje neste mundo, às vezes, árido e sem cor, onde muitos se escondem para que não absorvem a essência do amor de Deus, e se perdem num mundo minado, no qual cada palavra se torna uma bomba destruidora de sonhos e traz um sentimento “diferenciado” de tudo aquilo que deveríamos ser.
Com Jesus foi diferente
Olhando para Jesus Cristo, vemos o ser humano despido de tudo aquilo que cobre a sua alma. Jesus Cristo não tinha nada de muito especial. Ele poderia andar por ai hoje e talvez nenhum de nós nem sequer O notaria. Na verdade, talvez até O evitássemos, pois certamente Ele seria diferente do que esperamos. Por isso ele foi morto.
Mas Ele foi o homem mais gentil que já existiu e se conheceu. Era capaz de silenciar os seus detratores sem precisar erguer a voz. Nunca intimidou alguém, nunca chamou atenção para Ele mesmo nem fingiu gostar do que lhe fazia mal à alma.
Era autêntico até o âmago do seu ser. E no âmago daquele ser havia um imenso amor. E como Ele amou! A humanidade só descobriu o que era verdadeiramente o amor por intermédio d’Ele. Mesmo os que O odiavam.
Mas Ele não discriminava ninguém, pois esperava que, de algum modo, pudesse fazer Seus inimigos descobrirem que o amor é a essência e a realização máxima do ser humano.
Ninguém foi tão honesto quanto Ele. Mesmo quando suas ações ou palavras expunham os aspectos mais sombrios das pessoas, estas não se sentiam envergonhadas. Ele lhes dava total segurança, pois Suas palavras não indicavam o menor sinal de julgamento, eram simplesmente um chamado para um ato de superação e crescimento. Qualquer um podia confiar-Lhe os seus mais íntimos segredos. Se algum de nós, tivesse que escolher uma pessoa para nos amparar em nosso pior momento, gostaríamos que fosse Ele.
Jesus não desperdiçava seu tempo zombando dos outros nem de suas preferências religiosas, embora criticasse os fariseus por sua falsidade. Se tinha algo para dizer, Ele dizia e seguia o Seu caminho, deixando no ouvinte a certeza de que tinha sido intensamente amado. Até os Seus inimigos se sentiam assim.
Não se trata de sentimentalismo barato. Ele amava, realmente amava. Para Ele, não importava que fosse um fariseu ou uma prostituta, um discípulo ou um mendigo cego, um judeu ou um não judeu. O amor d’Ele estava disponível para qualquer um. A maioria das pessoas O abraçava quando O via.
Todos eram impactados por suas mensagens. Os poucos que O seguiam experimentavam um frescor e energia de que nunca se esqueceriam. De alguma forma, Ele parecia saber tudo a respeito deles, e os amava incondicionalmente. Por isso todos eram atraídos pelas Suas palavras.
E mesmo pregado numa cruz, Seu amor continuou sendo derramado sobre todos, sem distinção.
E mesmo sendo inocente, não reclamou ou nos acusou em momento algum. Ao se aproximar da morte, depois de um grito que expressava Sua dor e o sentimento de abandono, Ele se entregou ao Pai para nos resgatar dos nossos pecados. Não houve momento mais belo em toda a história da humanidade. Seu flagelo se tornou o único instrumento para que a Sua vida fosse compartilhada, doando-se a todos nós.
Não! Ele não era um louco. Ele era o filho de Deus. Do Deus amoroso que se manifestou durante toda a Sua vida e até o Seu último suspiro. E foi por amor que Ele se entregou.
Hoje, apesar de não visualizá-lo com os olhos físicos, podemos perceber a Sua presença o tempo todo, alimentando a nossa fé, amando-nos sem impor nenhuma condição, cuidando de cada um que se une a Ele, pois se tornou nosso melhor amigo.
Devemos procurar conhecê-l’O mais a cada dia, amá-l’O mais do que a qualquer pessoa, pois Ele nos dá um propósito, um sentido na vida e para a vida. Porque ele nos ensina e nos permite superar todos os obstáculos, proporcionando-nos tempos de refrigério, liberdade e alegria. E não há nada que possa nos separar do Seu amor.
Afinal Ele é tudo isso, pois Ele é o próprio amor. O Seu reino é de amor e por amor. Ele nos chama para vivermos uma vida diferente. Tudo por amor. É a escolha de cada um que faz com que sejamos pessoas diferentes.