A amigdalite, também conhecida como amidalite, é uma doença infecciosa que afeta as amídalas, dois órgãos localizados no fundo da garganta e que fazem parte do sistema de defesa do nosso corpo.
Elas atuam como a primeira linha de defesa contra micro-organismos que podem entrar no organismo pela boca.
Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a amigdalite pode ser causada tanto por vírus, o que é mais comum em crianças, quanto por bactérias, sendo mais frequente em jovens e adultos. Em alguns casos, a doença pode ser resultado da ação conjunta desses dois agentes infecciosos.
A transmissão da amigdalite ocorre geralmente por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou através de contato direto, como beijos.
![O que é a amigdalite: veja quais são as causas](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/09/O-que-e-a-amigdalite-veja-quais-sao-as-causas-imagem-1.jpg.webp)
Além disso, compartilhar objetos pessoais, como copos, xícaras, escovas de dentes, garrafas de água, talheres, entre outros, especialmente com pessoas doentes, pode ser uma forma de contrair a doença.
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É importante destacar que condições como refluxo gastroesofágico, que envolve o retorno do conteúdo do estômago para a garganta, podem desempenhar um papel significativo no surgimento de problemas como laringite, faringite, amigdalite ou rinossinusite.
Isso ocorre porque o líquido que retorna para a garganta contém substâncias que irritam essas áreas e alteram sua acidez, criando condições favoráveis para o desenvolvimento de micro-organismos que desencadeiam processos inflamatórios.
Sintomas da amigdalite
Os sintomas da amigdalite, seja ela de origem viral ou bacteriana, podem variar em intensidade e gravidade.
Veja os sintomas mais comuns:
- Febre: A elevação da temperatura corporal é um sintoma comum nas amidalites. Isso ocorre como parte da resposta imunológica do corpo à infecção.
- Dor de garganta: A dor de garganta é um sintoma característico da amidalite. Pode variar de leve a intensa e costuma ser acentuada ao engolir.
- Falta de apetite: A infecção nas amídalas pode causar uma diminuição do apetite, especialmente devido à dor ao engolir.
- Mau hálito: A presença de bactérias ou vírus na garganta infectada pode levar ao mau hálito.
- Dificuldade para engolir: Devido à dor e inflamação das amídalas, pode haver dificuldade e desconforto ao engolir alimentos ou líquidos.
- Dor de ouvido: Algumas pessoas com amidalite também podem experimentar dor no ouvido, uma vez que a infecção pode se estender para essa área.
- Inchaço dos gânglios: Os gânglios linfáticos localizados no pescoço e na mandíbula podem ficar inchados e sensíveis em resposta à infecção.
Além desses sintomas, é importante observar que na amidalite bacteriana, é possível encontrar pontos de pus amarelado nas próprias amídalas e até mesmo uma camada amarelada na língua.
É importante destacar que a maioria dos casos de amigdalite não é grave, especialmente quando causada por vírus, e tende a desaparecer por conta própria.
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No entanto, é aconselhável procurar um médico nas seguintes situações:
- Se os sintomas persistirem por mais de 4 dias sem melhora significativa.
- Quando há dificuldade para respirar, o que pode ocorrer em casos graves de amidalite devido ao inchaço.
- Se a dor e a dificuldade de engolir se tornarem tão intensas que impedirem a ingestão adequada de alimentos e líquidos, o que pode levar à desidratação e desnutrição.
Nessas circunstâncias, a avaliação médica é fundamental para um diagnóstico preciso e o início do tratamento apropriado, que pode incluir o uso de antibióticos em casos de amigdalite bacteriana.
Tratamento da amigdalite
O tratamento da amidalite depende da causa subjacente da infecção, que pode ser viral ou bacteriana.
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Quando a amidalite é causada por um vírus, o tratamento visa aliviar os sintomas e promover o conforto do paciente. Isso geralmente inclui o uso de analgésicos e anti-inflamatórios leves para reduzir a dor de garganta e a inflamação.
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Além disso, repouso e hidratação adequada são recomendados para ajudar o corpo a combater a infecção.
Amidalite bacteriana
Nos casos de amidalite bacteriana, a infecção pode ser mais grave e requer tratamento com antibióticos específicos. Isso ocorre porque a infecção bacteriana pode levar ao acúmulo de pus nas amídalas, causando inflamação significativa.
É essencial seguir rigorosamente o tratamento prescrito pelo médico e completar o curso completo de antibióticos, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do tratamento.
A interrupção prematura do tratamento pode resultar em complicações graves, pois as bactérias não eliminadas podem migrar para outras partes do corpo, causando problemas como febre reumática e inflamação dos rins.
Amidalite crônica
Quando a amidalite se torna crônica, é importante investigar outras possíveis causas subjacentes da inflamação. O tratamento deve ser direcionado para tratar a causa subjacente, que pode incluir alergias, refluxo gastroesofágico ou outras condições médicas.
A cirurgia para a remoção das amídalas, conhecida como amigdalectomia, é uma opção em casos específicos em que o tratamento conservador não melhora os sintomas e a amidalite crônica se torna recorrente.
No entanto, é importante observar que a cirurgia de remoção das amídalas não impede a ocorrência de outras infecções na garganta, como laringites ou faringites, que podem continuar a causar dor de garganta após a cirurgia.
O tratamento da amidalite varia de acordo com a causa e a gravidade da infecção, sendo fundamental seguir as orientações médicas para uma recuperação adequada e prevenir possíveis complicações.
Prevenção
A prevenção da amidalite envolve uma série de medidas e recomendações para evitar a infecção das amídalas:
- Higiene das mãos: Lave as mãos regularmente, especialmente após tossir, espirrar ou tocar em superfícies compartilhadas.
- Evitar contato próximo: Evite beijar alguém nos lábios se você estiver resfriado ou com dor de garganta, pois isso pode transmitir a infecção.
- Consulta médica: Consulte um médico se você tiver dor de garganta persistente, febre ou glândulas inchadas no pescoço.
- Evitar tabagismo: Fique longe do cigarro, pois fumantes ativos e passivos têm maior probabilidade de desenvolver infecções das amídalas.
- Ambientes com ar-condicionado: Evite permanecer em ambientes com ar-condicionado por longos períodos, pois o ar seco pode ressecar as mucosas e reduzir a resistência das amídalas.
- Investigação de refluxo gastroesofágico: Em casos de amidalite recorrente, é importante considerar a possibilidade de refluxo gastroesofágico como uma causa subjacente.
- Alimentação adequada: Opte por bebidas mornas, sopas e alimentos macios durante as crises, pois são mais bem tolerados e não irritam as amídalas.
- Hidratação: Mantenha-se bem hidratado para manter as mucosas da garganta saudáveis.
- Adesão ao tratamento: Se a amidalite for bacteriana, siga rigorosamente o tratamento prescrito pelo médico, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do medicamento. Isso é fundamental para evitar complicações.
- Não se automedicar: Evite a automedicação, pois o uso inadequado de medicamentos pode contribuir para o desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos.
Seguir essas orientações pode ajudar você a reduzir o risco de desenvolver amidalite e promover a saúde das amídalas. É importante buscar aconselhamento médico se você tiver sintomas persistentes ou preocupações com sua saúde.
Amigdalite é contagiosa?
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A amigdalite é uma condição contagiosa, o que significa que pode ser transmitida de uma pessoa para outra. A doença é facilmente transmitida através de gotículas respiratórias expelidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala.
Além disso, no caso das crianças, o contágio pode ocorrer pelo compartilhamento de brinquedos ou objetos contaminados que entram em contato com a saliva, como copos, talheres e outros utensílios.
Portanto, é importante tomar precauções para evitar a propagação da amigdalite, como lavar as mãos regularmente e evitar o compartilhamento de objetos pessoais durante um episódio de amigdalite para prevenir a disseminação da doença.
Complicações da amigdalite
A amigdalite é geralmente uma inflamação temporária que normalmente se resolve em cerca de 5-7 dias. No entanto, em casos raros, pode levar a complicações graves.
A complicação mais comum é o desenvolvimento de um abscesso peri-amigdaliano. Geralmente, isso ocorre de forma unilateral, com um acúmulo de pus empurrando em direção à amígdala afetada. O abscesso pode crescer consideravelmente e representar uma ameaça à via aérea superior. Nesses casos, é necessária uma drenagem cirúrgica de urgência, que pode ser realizada com anestesia local ou, em casos pediátricos, anestesia geral.
Em alguns casos, mesmo na ausência de abscesso, a amigdalite pode causar um aumento tão significativo das amígdalas que a alimentação oral (líquida e sólida) se torna impossível, exigindo hospitalização para tratamento intravenoso. Em raras ocasiões, a amigdalite pode estar associada a complicações cardíacas, como miocardite e problemas valvulares, bem como a problemas articulares recorrentes e complicações neurológicas.
A amigdalite durante a gravidez pode se desenvolver da mesma forma que mencionada anteriormente. No entanto, o tratamento deve levar em consideração as restrições impostas pela gravidez, especialmente na escolha de antibióticos e outras terapias.
Cirurgia de amigdalite
Como mencionado anteriormente, a consideração de um procedimento cirúrgico surge em casos de amigdalites recorrentes ou histórico de complicações anteriores.
A cirurgia de remoção das amígdalas palatinas, conhecida como amigdalectomia, passou por avanços significativos nos últimos anos, visando reduzir os riscos e complicações associados a esse procedimento cirúrgico.
A adenoamigdalectomia, que envolve a remoção das adenoides e das amígdalas em uma única cirurgia, é mais comumente realizada em crianças e raramente em adultos.
Conclusão
A amigdalite é uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades, frequentemente causando desconforto e dor de garganta.
Embora muitos casos se resolvam por conta própria e não sejam graves, é importante estar ciente das complicações possíveis, especialmente em situações de amigdalites recorrentes.
A prevenção desempenha um papel fundamental na redução do risco de infecção, e as medidas simples, como lavar as mãos regularmente e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, podem ser eficazes.
Quando necessário, o tratamento adequado, seja medicamentoso ou cirúrgico, é essencial para garantir uma recuperação completa.
Consultar um médico ao primeiro sinal de amigdalite é a melhor escolha para ter um diagnóstico e tratamento adequados, contribuindo para a sua saúde e o seu bem-estar a longo prazo.
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*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.