A apresentadora Ana Hickmann compartilhou um comunicado em vídeo em seu canal no YouTube na noite desta quinta-feira, 16.
Optando por não entrar em muitos detalhes sobre o incidente durante uma discussão com seu marido Alexandre Correa, Hickmann expressou gratidão aos fãs e pediu que eles continuem ela.
“Eu não vou parar. Eu não vou parar de viver. Eu não vou parar de ser feliz. Eu não vou parar de lutar.”
“Eu não vou parar de cuidar do meu filho. Ninguém vai me parar”, afirmou, anunciando que na segunda-feira, 20, pretende retomar as postagens no canal com gravações já realizadas.
Quanto à situação com o marido, Ana Hickmann esclareceu que está aguardando o momento adequado para “abrir o coração” aos fãs.
“Eu não sou apenas mulher, eu sou mãe. E essa mãe aqui vai defender com todas as forças o seu pequeno, o seu filho. Meu filho é a coisa mais importante da vida pra mim. Exatamente por isso que eu digo que eu ainda não estou pronta para falar porque ele também tem que estar pronto. Ele tem que estar protegido” explicou.
- Famosos: Lulu Santos e marido se conheceram pela internet; casal demorou seis meses para se encontrar
“O que aconteceu comigo, infelizmente, acontece com muitas mulheres. Mas eu espero que,juntas, a gente possa mudar essa história”, acrescentou ao longo do vídeo.
Filho do casal pode ter sofrido “violência psicológica”
A presença do filho de Ana Hickmann no momento em que ela foi agredida por Alexandre Correa pode agravar a situação do marido da apresentadora.
É o que explica Valéria Scarance, promotora e professora da PUC de São Paulo, em entrevista ao Terra. Segundo ela, o fato de Alexandre ter exposto o menino a um crime contra um familiar configura “violência psicológica contra filhos”.
“Nesse sentido, há uma previsão específica na Lei do Depoimento Especial. Assim, agredir a mãe na presença de filho é também violência contra o filho” resume.
Dessa forma, é possível que a Justiça busque medidas para proteger a criança. Há a possibilidade, inclusive, de proibir o contato do menino com o pai.
O que aconteceu com Ana Hickmann?
Ana Hickmann sofreu agressões do marido, o empresário Alexandre Correa, na tarde de sábado, 11, em sua residência em Itu, no interior de São Paulo. Ela teve que ser levada a um hospital na cidade e teve o braço esquerdo imobilizado.
Conforme registrado no boletim de ocorrência, a apresentadora estava em uma conversa com o filho na cozinha quando o marido ouviu algo que não gostou. A discussão assustou a criança, que deixou o ambiente. Alexandre teria empurrado Ana contra a parede e ameaçado dar cabeçadas na apresentadora.
Na tentativa de se distanciar do marido, a apresentadora tentou pegar o celular na mesa para pedir ajuda. O empresário fechou a porta da cozinha, atingindo o braço de Ana, que acabou trancando o marido fora do cômodo e chamando a polícia.
Quando a Polícia Militar chegou, o empresário já não estava mais em casa. A apresentadora recusou medidas protetivas conforme estipulado pela Lei Maria da Penha.
Por iniciativa própria, Ana procurou o hospital e foi atendida por um ortopedista. O braço esquerdo foi imobilizado devido a uma contusão no cotovelo. Em comunicado, ela confirmou a briga, mas não mencionou a agressão.
“Após um desentendimento entre Alexandre Correa e Ana Hickmann no último sábado (11), a Polícia Militar foi acionada e a apresentadora foi conduzida até o Distrito Policial para esclarecimento dos fatos. Por meio de sua assessoria de imprensa, Ana Hickmann agradece o carinho e a solidariedade dos fãs e informa que está em casa, bem e felizmente não sofreu maiores consequências em sua integridade física” diz o texto.
Antes do posicionamento da apresentadora, Alexandre negou a agressão em contato com o jornalista Leo Dias. Posteriormente, ele assumiu o crime, mas minimizou as circunstâncias.
“De fato, na data de ontem, tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências. Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo vinculado na imprensa, e que tudo será devidamente esclarecido no momento oportuno”.
Se você presenciar um episódio de violência contra a mulher ou for vítima de um deles, denuncie o quanto antes através do número 180, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.