A cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, que pode desencadear a esclerose múltipla.
No sábado (03), durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmila Dayer, a cantora Anitta revelou que, há alguns meses atrás, recebeu o diagnóstico de infecção pelo vírus Epstein-Barr. De acordo com o jornal O Globo, este vírus é conhecido por ser o causador da mononucleose infecciosa, mais conhecida como “doença do beijo”, além disso, ela também pode desencadear a esclerose múltipla.
Segundo a cantora, o diagnóstico foi o momento mais difícil de sua vida, e a relação com Ludmilla foi muito importante para que conseguisse se tratar no começo da infecção, já que a atriz foi diagnosticada com esclerose múltipla. Amigas há anos, Ludmilla falou que iria visitar Anitta, e no dia seguinte do encontro, a cantora descobriu a doença.
Sem acreditar em coincidências, Anitta grudou na amiga, e ambas se ajudaram mutuamente a enfrentar a doença e superá-la. Segundo a artista, por sorte ou até mesmo por destino, o vírus estava em fase inicial quando foi diagnosticado, e não chegou ao mesmo estágio da doença de Ludmila Dayer. Mas mesmo assim, as duas passaram por fases parecidas, onde se viram incapazes de caminhar até o segundo andar da própria casa.
Conhecendo mais sobre a doença
Segundo o jornal O Globo, o Vírus Epstein–Barr é um vírus da família do herpes, que é transmitida através da saliva. Estima-se que 90% a 95% dos adultos já foram infectados pelo herpesvírus humano 4, responsável pela “doença do beijo”, ou seja, a mononucleose. Extremamente comum em humanos, a doença também pode afetar as crianças com sintomas leves, ou, muita das vezes, de forma assintomática.
Apesar do nome popular, a doença do beijo também pode ser transmitida por objetos compartilhados com uma pessoa infectada, como copos, talheres e escova de dente. Segundo o Ministério da Saúde, o vírus é muito comum nas grandes cidades, especialmente durante o Carnaval, com sintomas como dor de garganta, tosse, febre alta, perda de apetite e inchaço nos gânglios. O infectado também pode ter sintomas de fadiga, hipertrofia do baço e inflamação do fígado.
Além disso, como a doença pode ser confundida com doenças respiratórias, a única maneira de confirmar o diagnóstico de mononucleose é com a realização do exame de sangue específico. A doença não tem tratamento, entretanto, quando sintomático, ela pode ser tratada com o uso de antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios, e muito repouso. De acordo com informações do G1, o uso de corticoides também pode ser útil, especialmente em casos graves de obstrução de vias aéreas, anemia hemolítica ou diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia.
Quanto ao período de transmissão da mononucleose infecciosa, ele pode durar um ano ou mais. E, ao contrário de muitos outros vírus, inclusive, o Epstein–Barr não é eliminado do organismo, podendo permanecer inativo na pessoa para sempre, além de também poder ser reativado em alguns casos.
Já a esclerose múltipla é definida como uma doença neurológica, crônica e autoimune pela Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. A doença multifatorial faz com que o sistema imunológico ataca a mielina, uma bainha isolante que envolve muitas fibras nervosas, fazendo com que a capacidade das células nervosas em transmitir sinais seja prejudicada.
Os primeiros sintomas de danos às células nervosas podem aparecer até 6 anos antes do diagnóstico da doença, além disso, o vírus também pode desencadear outros problemas de saúde como artrite e lúpus. Por enquanto, os cientistas ainda estudam a possível relação entre o vírus e o desenvolvimento da esclerose múltipla, onde as causas do Vírus Epstein-Barr ainda são desconhecidas.
*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.