Anjos são seres espirituais que foram criados para servir ao Senhor, como revelado nas Escrituras Sagradas. Suas funções e diferentes posições têm o mesmo objetivo: glorificar a Deus por meio de reverência, obediência e louvor.
Conheça as classes ou tipos de anjos mencionados na Bíblia
Serafins
Classe de anjos bem próxima a dos Querubins, aparecem apenas em Isaías 6 quando o profeta Isaías se prepara para ter uma aproximação com Deus (Isaías 6: 2 -3; Isaías 6:6).
Querubins
Bastante mencionados nas Escrituras, são guardas celestiais que exaltam constantemente o Rei da Glória. Defendem a santidade do Senhor perante Seu trono. Constam no Jardim do Éden, no templo e na descida de Deus à terra e no tabernáculo, como figuras sob a arca da aliança.
As referências bíblicas dos Querubins estão em: Isaías 37:6; Salmos 80:1; Salmos 99:1; Gênesis 3:24; Êxodo 25:18-20; Hebreus 9:5; 2 Samuel 22:10-11; Salmos 99:1.
Anjos chamados pelo nome na Bíblia
Anjo Miguel
Chamado de Arcanjo em Judas 1:9 e mantendo posição de liderança entre os anjos. Anjos são seres criados por Deus (Hebreus 1: 3 – 8). Seu significado é proveniente do hebraico Mika’el e quer dizer “quem é como Deus?”.
Referências bíblicas do Anjo Miguel: Daniel 10:13; Daniel 10:21; Daniel 12:1; Judas 1:9; Apocalipse 12:7.
Anjo Gabriel
Este foi o anjo que apareceu para Daniel a fim de esclarecer a visão sobre o que viria pela frente. Também foi responsável por anunciar as concepções de Jesus à Maria e João Batista à Zacarias. Ao que tudo indica, sua função principal é interpretar as revelações do Altíssimo. Pode ser um dos sete anjos que assistem diante de Deus (Apocalipse 8:2). Do hebraico gabheri’el, significa “herói de Deus” ou “homem de Deus”.
Referências bíblicas do Anjo Gabriel: Daniel 8:16; Daniel 9:21; Lucas 1:19; Lucas 1:26.
Anjos vigilantes (que guardam e protegem)
Esses são anjos designados por Deus a protegerem um povo, lugar ou pessoa. Em uma passagem bíblica, Daniel menciona um anjo que estava lhe vigiando, o sentinela. No entanto, a primeira menção a esse ser foi no momento em que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden após comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ali, Deus estabeleceu uma espada resplandecente para guardar o caminho em direção a Árvore da Vida e colocou Querubins naquele local.
Referências: Gênesis 3:24; Daniel 4:13; Daniel 4:23.
Anjos descritos na Bíblia pela função que desempenharam
Anjos adoradores
Não muito diferentes dos demais seres celestiais, eles também celebram louvores ao Todo Poderoso pela sua grandeza e magnitude. Na Bíblia existem diversas referências sobre essa adoração contínua que os anjos costumam expressar a Deus.
Referências: Salmos 148:1-2; Jó 38:7; Apocalipse 5:11-12.
O Anjo do Senhor
Designação especial do Antigo Testamento, existem pelo menos 60 ocorrências que mostram essa descrição em um comparativo com as aparições de anjos comuns. Muita gente acredita que essa não era uma aparição simples, e sim uma aparição do próprio Deus na segunda pessoa (teofania).
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Referências: Gênesis 16:7; Gênesis 22:15; Juízes 13:13-18; Gênesis 31; Êxodo 14:19; Números 22:23; Juízes 2:1; Isaías 63:9; Mateus 28:2; Atos dos Apóstolos 27:23-25.
Seres viventes
Tanto em Ezequiel 1 como Apocalipse 4 aparecem os seres viventes. Estes seres tinham rostos e asas com aparência de homem, boi, leão e águia. Ficavam ao redor do trono, em movimento, como relâmpagos, manifestando a glória de Deus, proferindo “santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos”.
Referências: Ezequiel 1:5-14; Apocalipse 4:6-8.
Exércitos dos céus
O Exército Celestial é composto por milhões de anjos (Apocalipse 5:11). Houve uma ocasião em que o profeta Eliseu estava cercado pelo exército sírio e seu servo teve medo. Foi aí que ele orou pedindo a Deus para lhe mostrar que o exército que os acompanhava era infinitamente maior do que o inimigo. Além de batalhadores, esses seres serviam como conselheiros divinos em uma extensa família de anjos do Senhor nos céus.
Referências: Mateus 26:53; 2 Reis 6:16-17; Neemias 9:6; 1 Reis 22:19.
Anjo das águas
O Anjo das águas é mencionado na visão futura acerca do Fim. Foi o apóstolo João que o citou no livro de Apocalipse, deixando claro que ouviu este anjo, que possuía autoridade sobre as águas, adorar a justiça divina, depois que a ira de Deus foi derramada sobre as águas.
Referência: Apocalipse 16:5-6.
O Anjo do evangelho eterno
Também descrito em Apocalipse, este anjo é referido como aquele que proclamava o Evangelho eterno às nações.
Referência: Apocalipse 14:6.
Anjo do fogo
No relato em que este anjo é citado, consta que o mesmo tem autoridade sobre o fogo, se referindo ao Filho do Homem a respeito da Colheita da Terra.
Referência: Apocalipse 14:18.
Principados, potestades, tronos e domínios
Estão entre os seres angelicais ocupando lugares de autoridade. Esses anjos passam a ideia de seres celestiais com funções como príncipes e chefes de anjos.
Referências bíblicas: Efésios 1:21; Colossenses 1:16; Colossenses 2:10; 1 Pedro 3:22.
Os sete anjos do juízo final
Esses são os Anjos que irão derramar as taças da ira de Deus e tocar suas trombetas, no Juízo Final. A descrição em detalhes desses anjos aparece no livro de Apocalipse.
Referências: Apocalipse 6:1-15; Apocalipse 8:2; Apocalipse 16:1.
Diabo, belzebu, satanás
Originador do pecado no universo, satanás foi o primeiro a pecar. Antes mesmo de os seres humanos terem caído, ele pecou. Vale lembrar que Adão e Eva foram tentados por ele no Jardim do Éden. Jesus declarou que “ele é mentiroso e pai da mentira” e ainda proferiu que “ele foi homicida desde o princípio”.
Sua característica principal é induzir os outros a pecarem e pecar. Os relatos de Ezequiel 28 e Isaías 14, que descrevem o juízo sobre o rei humano da Babilônia, possivelmente também descrevem um evento terreno e os eventos celestiais paralelos, relacionados a Lúcifer.
Referências: João 8:44; 1 João 3:8; Lucas 11:15.
Anjos caídos
São os anjos que pecaram contra Deus e não guardaram sua condição original de dignidade perante Ele. Sentem prazer em se opor ao Criador e tentam a todo custo destruir a Sua obra.
Anjo caídos, demônios e espíritos malignos
São conhecidos como anjos maus comandados por satanás, enquanto emissários e súditos deles. Não apresentam nomes específicos nas Escrituras Sagradas. O objetivo deles é o mesmo de seu líder: tentar matar, roubar e destruir a obra do Altíssimo, fazendo oposição a Ele. No juízo final, o destino de satanás e seus anjos é o lago de fogo e enxofre.
Referências: Lucas 11:14; Mateus 17:18; Mateus 12:43-45; João 10:10; Mateus 25:41; Jó 4:18-19.
Legião
Um homem da terra de Gadara, possesso por inúmeros espíritos malignos, vivia isolado e atormentado em cemitérios. No momento em que Jesus passou por aquela região, o homem correu e foi ao encontro de Jesus Cristo.
Quando foi questionado pelo Senhor, aquele espírito do mal se intitulou como “legião” porque o homem estava repleto de demônios. Resumindo: os espíritos maus podem causar males diversos às pessoas, mas Jesus é o único poderoso para libertar.
Referências: Marcos 5:9; Lucas 8:30.
Abadom, Apoliom
Mais conhecido como o Anjo do Abismo, descrito somente em Apocalipse, seu nome em grego “Apoliom” quer dizer “destruidor” e o hebraico “Abadom” também. Durante o Juízo Final, ele é o chefe dos seres atormentadores dos homens.
Referência: Apocalipse 9:11.
Figuras angelicais em textos externos
Jeremiel (tradições judaico-cristãs)
No 2º livro de Esdras, aparece o nome desse anjo. Apenas cristãos ortodoxos reconhecem este livro apócrifo. Embora não haja fundamentação bíblica para essas informações, Jeremiel tinha o dever de guardar Hades ou Sheol, o abismo e o “Seio de Abraão”, lugar onde as almas salvas aguardavam pelo Senhor.
Rafael (tradições judaico-cristãs)
Já esse anjo é conhecido na tradição ortodoxa e na católica romana como o anjo da cura. Também aparece em textos hebraicos apócrifos, sendo classificado como o anjo que ministra a cura do Senhor. Conforme essa literatura, o anjo Rafael se encarregou de ajudar o jovem Tobias em uma viagem ensinando-o a curar o pai da cegueira e dando-lhe livramento da morte.
Uriel (tradições judaicas)
O significado de seu nome é fogo ou “chama de Deus”. Considerado o anjo da iluminação, aparece no 2º livro de Esdras e nos livros apócrifos de Enoque. Praticantes das tradições judaicas acreditam que foi este anjo quem lutou com Jacó e também aquele que anunciou o dilúvio para Noé. No entanto, não há embasamento bíblico para comprovar essas informações.
Anjos nas crenças judaicas
Baraquiel, Fanuel, Jeremiel, Jegudiel, Rafael, Remuel, Salatiel, Samael e Uriel são alguns dos nomes de anjos que aparecem na tradição mística judaica. A cabala baseia-se no Antigo Testamento, mas conta com dizeres que contradizem a Bíblia.
Apenas os nomes de Miguel e Gabriel é que aparecem nos livros hebraicos aceitos como inspirados pelo Senhor Deus. São os mesmos livros da Bíblia cristã protestante. Pode-se afirmar que a compreensão sobre angeologia (estudos dos anjos) por parte das linhas judaicas se afastaram da verdade das Escrituras Sagradas, adotando conhecimentos distorcidos do Evangelho.
Há uma tendência pecaminosa e natural que é totalmente desencorajada pela Bíblia: trata-se de adorar a criatura ao invés do Criador. Muitas pessoas passaram a se relacionar profundamente com anjos, orando e se dedicando por completo a eles.
Cuidados a serem tomados no relacionamento com anjos
Não devemos fazer contato nem orar a anjos ou demais espíritos além de Deus. A Bíblia Sagrada alerta que Satanás costuma se disfarçar de anjo de luz para enganar os seres humanos (2 Coríntios 11:14). Por isso, vá em busca do conhecimento verdadeiro nas Escrituras e ore apenas ao Senhor.
Jesus Cristo é o único caminho que leva a Deus (João 14:6). Mesmo que os judeus não reconheçam isso, é fato que não exista outro meio humano ou espiritual para isso. Podemos ter acesso direto a Jesus, sem precisar se achegar a intermediários.
A superioridade de Cristo está a frente de qualquer anjo e o autor da carta aos Hebreus faz esse alerta aos judeus (Hebreus 1: 4 – 8). Há também a necessidade de priorizar sua Palavra (Hebreus 2: 1 – 3). O único mediador entre Deus e os seres humanos é o Senhor Jesus Cristo (1 Timóteo 2: 5 – 6).
Curiosidade sobre anjos na Bíblia
Embora a Bíblia dê pouca ênfase aos nomes específicos de anjos, ela é mais do que suficiente para o exercício da fé cristã. É uma bússola para conhecermos mais sobre Deus e seus desígnios para cada ser humano nessa terra.
Os anjos foram criados com o intuito de adorar e servir a Deus. Portanto, Ele continua sendo soberano e está acima de todos eles. No Antigo Testamento, a palavra hebraica Mal’ak (Mal’a kim e relacionadas) significa “mensageiro” e aparece cerca de 108 vezes enfatizando que esses seres espirituais servem e louvam ao Altíssimo. Já no Novo Testamento, a palavra grega “aggelos” aparece em torno de 175 vezes. Os seres angelicais desempenham a função de serem mensageiros de Deus.
O mais importante não é a identidade dos anjos, mas o Nome de Jesus Cristo, que está acima de todo nome. Os anjos e os seres humanos devem adorá-lo em todo o tempo (Efésios 1: 20 – 21 e Filipenses 2: 9 – 11). Se quisermos ser salvos e justificados, devemos conhecer a Deus no mais íntimo (João 17:3).
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