O cantor de ópera brasileiro, que estourou na década de 1990, atualmente mora na Alemanha e faz apresentações no exterior, mas garante: “Meu país não me perdeu.”
A cena artística brasileira, assim como a do resto do mundo, costuma entrelaçar suas vertentes, e normalmente tem início com jovens que querem mudar o mundo, ou jovens que querem mostrar ao mundo a verdadeira arte. Essa ânsia de abraçar os gêneros, de tecer críticas ao cenário político no qual se inserem e de remarem contra a corrente é natural, e ajuda a fomentar milhares de grupos e nomes que, posteriormente, se tornarão referência.
O contratenor Edson Cordeiro, 55 anos, ficou amplamente conhecido na década de 1990, se destacando assim que cantou oficialmente pela primeira vez. Mas sua vida no mundo das artes começou muito antes, filho de uma bordadeira e de um mecânico, o cantor de ópera passou a infância e a adolescência cantando no coro da Igreja Presbiteriana Independente, e fez teatro infantil.
Aos 18 anos, participou da ópera rock “Amapola”, de Miguel Briamonte, que posteriormente acabou se tornando diretor musical de seus álbuns. Em 1988, participou como ator e cantor da ópera rock “Hair”, dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte atuou em “O Doente Imaginário”, de Molière, dirigido por Cacá Rosset, chegando a embarcar em uma turnê com a ópera na Europa, Estados Unidos, México e América Central.
O primeiro show solo aconteceu em 1990, no Rio de Janeiro, e foi a partir desse momento que Edson Cordeiro se tornou conhecido de maneira ampla, sendo até mesmo disputado por gravadoras. Atualmente, segundo uma reportagem do jornal Extra, o cantor é casado há 12 anos com o ilustrador alemão Oliver Schrank-Bieber, e mora em Lübeck, na Alemanha.
![Edson Cordeiro conheceu marido em site de encontros e hoje vive no exterior: "Adoro ser dono de casa"](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/oliver_schrank_bieber_275263065_305913218196926_9209321289109890613_n.jpg)
Edson já era apaixonado pelo país antes mesmo de conhecer Oliver, e essa adoração começou depois de 1994, quando fez sua primeira turnê na Europa. Ele conta que passou a voltar à Alemanha cerca de três vezes ao ano, e em uma dessas acabou conhecendo o atual marido. Os dois acabaram se encontrando em um site de relacionamentos, o cantor ficou com receio de se expor e, na época, colocou apenas fotos dos olhos, o que chamou a atenção do ilustrador, que deu início a uma conversa.
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O cantor afirma que Oliver é o “amor da sua vida”, e que quando não está no palco, se apresentando para os fãs locais, prefere mesmo é ficar em casa. Ainda que a declaração possa ser considerada “polêmica”, de acordo com Edson, ele explica que adora “ser dono de casa”. Ele sabe que ainda tem muitos anos para encarar no trabalho, mas explica que ficaria muito bem apenas no lar, principalmente porque ele e o marido construíram uma relação de companheirismo.
Edson ainda explica que passou a infância vendo os pais brigarem, e que isso fez com que se tornasse avesso às relações conflituosas. Justamente por isso, ele e o marido buscam apenas manter uma união baseada na paz, algo que os aproxima e que alimenta ainda mais o amor que sentem um pelo outro.
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Carreira
Este ano, o cantor de ópera completou 35 anos de carreira, e é considerado pela imprensa europeia como a “oitava maravilha do mundo”. Em entrevista à Heloísa Tolipan, Edson reforçou que tem vindo menos ao Brasil desde que Jair Bolsonaro foi eleito chefe do Executivo, eliminando projetos culturais que viabilizavam sua vinda ao país.
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Desde que começou a se apresentar, ainda na década de 1990, muitos amigos e fãs afirmavam que seu talento era “grande demais para o Brasil”, mas essa nunca foi a forma como enxergou. Edson sabe como costurar militância LGBTQIA+ com discurso de classe, e explica que ele conseguiu sair da periferia e “triunfar”, isso porque seu país proporcionou isso.